"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal Macabro


Diz uma lenda Nórdica que um espírito chamado Loke regressa de tempos em tempos a terra pra pegar as crianças que não se comportaram o ano inteiro, ele vem disfarçado de Papai Noel.

Na véspera de natal Aline desobedecera seus pais, ela ficou acordada escondida até a meia-noite pra esperar o Papai Noel. Aline estava querendo uma bicicleta de natal, mas os presentes que estavam na árvore de natal nenhum deles era uma bicicleta, por isso Aline ficou na esperança que o Papai Noel fosse entregar o seu presente.
Estava quase perto da meia-noite e Aline estava animada iria conhecer o papai Noel e ganhar a sua tão desejada bicicleta, mas ela sabia que não tivera um bom comportamento durante todo ano, mas isso não importava naquele momento, estava quase na hora faltava pouco. Meia-noite em ponto, Aline escuta barulhos na janela da sala e se esconde, ela observa o Papai Noel abrir a janela e entrar sem fazer ruído, ele estava vestido como ela imaginava iguais os que apareciam na TV, todo de vermelho com a touca de natal e um saco cheio de presentes, de onde Aline esperava sair a sua bicicleta, ela só não conseguira ver o seu rosto.

Aline estranhou que o Papai Noel passara pela árvore de natal sem deixar nada e foi direto pra cozinha, Aline o seguiu na ponta dos dedos e o viu abrindo a geladeira comendo e bebendo tudo que via pela frente como se estivesse morto de fome.
Aline na sua inocência diz com cara de choro – Cadê a minha bicicleta, o Papai Noel se vira bem devagar, Aline se assusta ao ver a verdadeira forma desse Papai Noel, não era um velhinho de barba, mas sim uma criatura apavorante, seu rosto era esverdeado, tinha um nariz pontudo e enorme, os dentes eram afiados em grande quantidade e os olhos eram brancos sem pupilas, ela da um sorriso diabólico pra ela que começa a chorar. 

O Papai Noel falso chega perto de Aline e a chama de menina má, ele abre a boca e suga a alma de Aline colocando dentro do saco enquanto vê o corpo dela sem vida cair no chão, ele pega um pouco de catchup na geladeira e espalha no corpo de Aline pra logo depois comê-la só deixando os ossos de Aline no local.

Na casa de João Augusto de 10 anos, o natal era um momento mágico, seu pai e sua mãe faziam de tudo pra o natal dele ser fantástico. Iluminavam a casa toda por fora e por dentro, compravam árvores de natal imensas e o seu pai sempre se vestia de Papai Noel e entregava os presentes à meia-noite.

Tudo nessa véspera de natal estava saindo perfeitamente, casa toda iluminada, árvore toda enfeitada e o seu pai por volta das onze horas se veste de Papai Noel e vai pra rua escondido pra depois entrar na casa e deixar os presentes. Marcos estava na rua terminando de se vestir e arrumando os presentes no saco de papai Noel quando outro Papai Noel aparece na sua frente, mas não era um velhinho, era verde e tinha uma aparência horrorosa.
João Augusto e sua mãe estavam comendo e esperando o Papai Noel entrar pela janela e entregar os presentes, quando algo é jogado pela janela quebrando o vidro, o corpo de Marcos fora jogado por alguém do lado de fora, segundos depois uma figura medonha vestida de Papai Noel entra pela janela com um sorriso assustador no rosto.

João e sua mãe saem correndo pro quarto assustados tentando fugir daquela criatura, o Papai Noel falso bate forte na porta tentando entrar, Silvia protege seu filho, mas a força da criatura derruba a porta, quando a criatura está preste a sugar a alma dos dois, Marcos aparece e enfia uma faca nas costas do monstro que caí no chão tremendo todo e logo em seguida virá pó, Marcos se ajoelha e abraça a sua família.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Carta de Suicídio

Oi, eu estou deixando essa carta pra que todos saibam o que aconteceu comigo, eu me chamo Carlos Ribeiro dos Santos fui casado durante 10 anos e não tive filhos, nesse momento da minha vida estou sozinho, estou com uma arma na mão apontando pra minha cabeça, não sei que tipo de arma é, mas eu sei que esse finalmente será o meu fim.
 Tudo começou há 30 dias, eu tinha acabado de voltar do trabalho e estava sentado no sofá assistindo um filme quando me assustei com um barulho vindo da cozinha, eu me levantei rapidamente pensando que fosse um ladrão, mas não vi ninguém, as panelas estavam no chão como se alguém tivesse jogado elas, enquanto juntava as panelas escuto batidas na porta, achei estranho visita a essa hora da noite mesmo assim fui atender e pra minha surpresa não havia ninguém.
 Eu estava começando a ficar com medo, mas pensei que estava só imaginando coisas porque estava cansado e com sono, fui me deitar, mas alguma coisa me fez arrepiar da cabeça aos pés, eu senti uma presença dentro do meu quarto como se alguém estivesse na espreita me vigiando, acendi a luz e nada, mas um vulto passa pelas minhas costas, eu pulei pra frente de pavor, vasculhei a casa toda na procura de alguma coisa, mas não encontrei nada, apesar do meu medo nada mais aconteceu naquela noite.
 Há 10 dias o meu pavor voltou, eu estava deitado sem conseguir dormir quando escuto um barulho dentro do meu quarto, fui me levantar pra saber o motivo do barulho, mas pra minha surpresa eu não conseguia me mover, eu estava deitado de barriga pra baixo, todo o meu corpo estava imóvel só conseguia mexer os olhos, era como se alguma força invisível estivesse me segurando, eu não conseguia nem falar, quanto mais eu tentava me mexer mais a força me apertava contra a cama, depois de meia hora a pressão sumiu e eu pude voltar a me mexer, aquela força não voltou durante toda noite, mas eu comecei a escutar diversas vozes, algumas de pessoas conhecidas que já estavam mortas e outras desconhecidas e assustadoras.
 Eu procurei ajuda em todo lugar, na igreja, em terreiros, mas nada adiantava, as vozes continuavam e eu já estava pirando, mas ontem foi o maximo que eu pude aguentar, a força invisível me atirou contra a parede e diversos vultos me rodeavam, eu escutei uma voz no meu ouvido, eu podia sentir o seu bafo quente e fedorento no meu rosto, ele diz que não adiantava eu fugir porque eles iriam caçá-lo em qualquer lugar, eu tinha sido escolhido por esses espíritos, eu fui torturado a noite inteira, nunca mais quero passar por isso.
 Hoje eu estou escrevendo isso porque não aguento mais, eu tentei de tudo, mas nada adiantou, hoje de tarde comprei essa arma, espero que isso me livre desses espíritos do mal, essa carta fica pra que todos saibam tudo que eu passei e pra que as pessoas saibam que espíritos demoníacos existem. Me desculpem se tiver um pouco de sangue na carta eu não sei como usar  essa arma direito, peraí acho que ta travada, vou aperta o gatilho agora

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Samael, O Demônio Arrependido


“Samael corresponde a Sefirot Hod, significando "o mentiroso". Os demônios associados a ele são descritos como monstros amarelos com corpo de cachorro e cabeça de demônio. Assim sendo, Samael se converte no mentiroso, aquele que se utilizando de palavras inteligentes e racionais nega a existência de Deus e de qualquer ser acima do EU.”

Oliver e Letícia são um casal bem religioso, todos os dias depois do trabalho de ambos eles passam na igreja pra rezar, a casa deles é repleta de imagens de santos e de Jesus, crucifixos são encontrados em todos os cantos da casa. Eles assistem apenas programas religiosos e culturais, nada de novela ou jornalismo.

O padre da igreja que eles frequentavam jantava quase todas as noites com eles o que deixava Letícia super orgulhosa e satisfeita com sua fé. Letícia se confessava toda a semana, era quase sempre a mesma coisa na confissão apenas sonhos picantes e pensamentos maldosos, mas nada que fosse alguma coisa relevante.

A rotina do casal era sempre a mesma, acordar cedo, ir trabalhar, passar na igreja e depois direto pra casa, nos finais de semana eles iam pra casa ou dos pais dele ou dos dela, eles faziam muita caridade tanto com coisas matérias quanto ajuda pessoal, Oliver e Letícia eram um casal perfeito.

Em uma sexta feira Letícia foi liberada do trabalho mais cedo, como a igreja estava fechada pra reforma ela foi direto pra casa, ao entrar em casa ela notou que alguns móveis estavam fora do lugar e derrubados ,um cheiro desagradável pairava no local, Letícia tenta acender as luzes, mas nenhum interruptor funcionava, ela então pega uma vela dentro do armário e acende, mas em seguida derruba a vela no chão, pois viu alguma coisa espreitada no canto da sala.

Oliver tivera um dia muito duro no trabalha e voltava pra casa cansado e um pouco feliz de não ter que ir à igreja naquele dia, Oliver não era totalmente igual à mulher achava um exagero ter que ir à igreja todo dia, mas como era um desejo de sua mulher ele fazia. Ao chegar  em casa Oliver a nota totalmente no escuro e a porta estava entre aberta, ele se preocupa com a mulher, receava um assalto.
Oliver sente um cheiro muito desagradável na casa e procura Letícia, ela estava na cozinha preparando alguma coisa, Oliver a questiona do que estava acontecendo, Letícia o leva até o quarto e com a vela que estava na sua mão se aproxima do canto do quarto e Oliver vê uma pessoa no chão, mas não era uma pessoa tinha apenas as formas de uma, tinha o corpo preto como carvão, olhos vermelhos sangue, dentes afiados e nariz inexistente e o corpo parecia gosmento, ele se apresenta pra Oliver como Samael, um demônio.
    
Oliver tenta fugir do quarto assustado, mas Letícia o impede, ela pede pra ele escutar Samael, Oliver acha loucura escutar um demônio, não entende como a pessoa mais religiosa que ele já vira caísse no papo de um demônio, mas apesar dos seus apelos, ela o convence a escutar o demônio. Samael explica que estava cansado das crueldades de seu mestre Lúcifer, e que em outra época ele foi um grande Anjo, honrado e justo, mas a lábia do senhor das trevas o convenceu a ir contra Deus, depois de tempos tentando fugir do inferno ele finalmente conseguira e estava disposto a tudo pra conseguir o perdão do senhor.

Oliver ainda não estava convencido daquela historia toda, ele tremia da cabeça aos pés, puxou Letícia pra fora do quarto e a questionou sobre o motivo dessa fé chega nesse demônio, mas ela parecia estar em estado de transe, ela diz que isso tudo era um sinal de Deus, ele nos deu essa missão de regenerar esse anjo das garras do mal, assim com o senhor enviou Gabriel pra Virgem Maria, ele agora nos envia Samael, mas Oliver se recusava a acreditar nisso, pega o telefone e liga pro padre pra ele fazer um exorcismo e mandar esse demônio de volta pro inferno, nesse momento Samael aparece na sala, à visão dele era mais horrenda ainda com ele de pé, tinha o corpo totalmente deformado e nojento como se estivesse podre, Letícia pede calma, Samael começa a tossir e pede a ajuda dela, Oliver a manda escolher entre ele ou esse demônio, pra surpresa e desapontamento dele ela escolhe o demônio.

Oliver tenta puxar Letícia a força, mas Samael o pega pelo pescoço, dizendo que ninguém iria impedir a sua redenção quebra o pescoço de Oliver com apenas uma mão, Letícia apenas observa a cena sem nenhuma reação, Samael larga o corpo de Oliver no chão e beija Letícia, eles transam no chão da sala no lado do corpo sem vida de Oliver.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

3 Dias no Inferno – Parte 1

     
       
               “Eu vejo pessoas mortas”, pode até parecer clichê de filme americano, mas é a mais pura verdade, isso começo quando eu era muito pequeno, dês daquela época de bebê eu já recebia visitas de almas que vagavam pelo mundo, eu tinha até me acostumado com isso quando eram apenas pessoas mortas que apareciam pra mim, mas quando eu cresci um pouco comecei a receber  a visita de demônios também, o que me assustava muito, é muita coisa pra um garoto de 10 anos de idade.


        Meus pais como os de qualquer filme que você já tenha visto só pioraram a situação, minha amada mãe já não olhava mais pra mim e evitava minha presença, ela tinha medo de mim, meu pai me mantinha trancado no quarto, com 11 anos parem de ir à escola, alem de ser considerado uma aberração e apanhar constantemente, as aparições de demônios só pioravam, foi quando eu comecei a beber.

     Meu pai tentava ajudar em vão, ele trazia diversos médicos, macumbeiros e tudo que você imagina, 90% eram charlatões e os outros 10% fugiam de medo de mim. Nos meus 15 anos aconteceu uma grande tragédia, minha mãe faleceu, fazia 5 anos que ela não falava comigo, depois de alguns meses eu fugi de casa.


           Agora além de ver demônios e pessoas mortas, elas sussurravam no meu ouvido e foi assim que sobrevivi, me ajudaram a roubar comida entre outras coisas e enganar as pessoas, depois de 20 anos de vida finalmente as coisas estavam dando certo pra mim, mas eu não estou aqui pra contar isso, eu vou contar pra vocês os 3 dias que eu passei no inferno.

           Eu ainda não estava satisfeito em só escutar os demônios eu queria poder falar com eles, em pesquisas que eu fazia encontrei uma feiticeira legitima, o nome dela era Lilith, era extremamente bonita e jovem, logo que me viu abriu um sorriso, eu pude ver em seus olhos que ela já sabia tudo sobre mim, então contei o meu desejo, logo depois ela me agarra pelo pescoço me dando um beijo, e transamos violentamente na sala onde ela atendia os clientes, depois que nós nos vestimos, disse que meu pedido foi atendido, saí pra testar.

          Procurei algum demônio ou uma pessoa morta, mas antes que eu encontra- se eu fui atropelado por um caminhão, eu estava estendido no chão sem conseguir me mexer, fechei meus olhos e quando abri estava em outro lugar totalmente diferente de que qualquer pessoa já viu.

       Eu me levantei, meu corpo não tinha ferimento algum, algo estava errado, que local era esse, havia um vento fortíssimo como se um furacão estivesse passando pelo local, eu quase caí várias vezes com a força do vento que também dificultava a visão, o ar estava quente demais uns 48° graus no mínimo eu pingava suor, o céu estava vermelho vivo e as nuvens mais pareciam feitas de fogo, o terreno era de terra vermelha e montanhoso, eu andei um pouco até que enxerguei um bicho horrendo comendo uma pessoa.


sábado, 30 de outubro de 2010

A Grávida do Diabo

Débora e seu marido estavam deitados na cama, eram quase 3 horas da madrugada quando a porta do quarto se abre, mas o estranho é que não havia ninguém, passos percorrem o quarto. Débora e Carlos continuavam a dormir tranquilamente quando as cobertas que tapavam Débora são retiradas e neste instante surge a presença de um homem com uma grande capa e um capuz que tapava completamente o seu rosto.

O homem misterioso observa o corpo de Débora, ela estava seminua, usava apenas uma calcinha, ele acaricia todo o seu corpo principalmente os seios fartos dela, Débora não acorda, era como se ele tivesse a colocado em coma, depois de alguns minutos acariciando o corpo de Débora, ele deita-se por cima dela.

De manhã quando acordou, Débora se sente mal, tonta com dores por todo o corpo, ela nota que seus sentidos estão mais aguçados. Carlos sai pra trabalhar, Débora resolve não ir trabalhar, pois não se sentia bem, sua visão estava turva e sua cabeça parecia que ia explodir, ela nota que sua barriga estava queimando, a sua dor de cabeça aumenta, a fazendo cair no chão desmaiada.

Já de noite Carlos volta, a casa estava toda bagunçada, todos os móveis estavam revirados, Carlos pensou se tratar de um assalto e se preocupou com sua mulher. Ele a procura e a encontra em um canto da sala com a boca coberta de sangue, mas havia mais alguma coisa estranha com ela, a sua barriga estava enorme como se ela estivesse grávida de uns 7 meses.

Débora estava com um olhar estranho, um olhar vazio mais parecia um zumbi, ela começa a repetir varias vezes que estava com fome, neste momento Carlos descobre a origem do sangue na boca de Débora, espalhados pelo chão estavam diversos ratos mortos em pedaços.

 
Carlos se aproxima de Débora devagar e toca na sua barriga, Débora realmente estava grávida, Carlos fica apavorado, como ela em um dia poderia estar com uma barriga daquele tamanho quase dando a luz, Débora ainda com um olhar catatônico começa a falar sobre anjos das trevas e que o filho dela seria o “príncipe das trevas”. 
Débora vomita sangue encima de Carlos, ela continua a dizer que estava com fome, Carlos se limpa e busca alguma coisa pra ela comer, ela diz que precisa de carne, carne fresca. Carlos está na frente da geladeira quando Débora caminha em sua direção e o morde no pescoço arrancando uma veia, ela o observa sangrar e quando ele esta no chão agonizando Débora começa a mordê-lo arrancando pedaços de carne e comendo até matá-lo

Débora começa a ter calafrios, a criança estava prestes a nascer, sangue começa a sair dos seus ouvidos e no nariz, ela começa a entrar em trabalho de parto, a dor era insuportável, ela tremia da cabeça aos pés, o bebê finalmente estava pra nascer, às luzes da casa começam a piscar e depois de alguns minutos de dor e sofrimento o bebê nasce.

Era um bebê aparentemente normal, mas ele com as mãos arranca o cordão umbilical e fica de pé, Débora ainda com muita dor observa o bebê andar pela casa e gela de medo quando o bebê se vira pra ela e mostra uma feição demoníaca, ela tenta fugir se arrastando mas o bebê a pega pelos pés, ele era extremamente forte, a observa por alguns minutos e fala “Muito obrigado, mãe” e a devora viva.
CONTINUA...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Acompanhada na Escuridão

Lia está voltando do colégio, já está escuro, ela tinha demorado porque ficou conversando com suas amigas, um carro para na sua frente e um homem a puxa pra dentro, Lia grita desesperada, mas a rua estava deserta, dentro do carro um objeto acerta a sua cabeça e ela desmaia.
Lia acorda com a cabeça latejando de dor, sua visão estava turva não conseguindo ver onde estava, quando tentou se mexer sentiu que estava amarrada, depois de gritar por socorro durante alguns minutos, a sua visão volta ao normal, o local onde ela estava era bastante escuro, parecia um porão, tinha apenas um feixe de luz vindo do teto que dava um ar sinistro ao porão. Cheio de teias de aranha, goteiras por todo o lado, e o que ela mais tinha medo, ratos estavam por toda a parte, grandes e nojentos.
Lia sentia um cheiro horrível de podridão, ela tenta se desamarrar em vão, as correntes estavam bem pressas. Havia uma escadaria que subia até uma porta na parte de cima. A porta se abre, desce um homem gordo e de aparência nojenta, ele vestia um avental sujo, seu rosto foi difícil de enxergar, pois com a abertura da porta a claridade tomou conta do local, mas logo o homem a fecha, ele faz caricias na sua cabeça, Lia tenta esquivar, mas o homem a puxa com força pra perto dele, o cheiro do homem era pior que o do porão, a causa enjôos, os carinhos se intensificaram até chegar a abusos mais fortes, Lia desmaia.

Lia acorda mais não tinha noção do tempo que já estava ali, todo o seu corpo está dolorido, ela nota um prato com comida que já estava no fim, pois os ratos haviam comido tudo, e um copo de água suja, quando ela tenta comer o resto da comida no prato, uma voz fala com ela:
-Tu não vai come isso, não é.
Lia se assusta, a voz vinha de um lado muito escuro no porão, ela força o olho na direção da voz, mas não havia ninguém naquele local, ela pensa que deveria ser a sua imaginação quando outra voz fala:
- Nós somos seus amigos Lia.
Vários sussurros começam por todo o porão, era como se estivesse lotado de gente, a porta se abre novamente e os sussurros desaparecem tal como apareceram, o homem vem pra cima dela outra vez, Lia chora e tenta se desvencilhar do homem e acerta o dedo no seu olho, o homem grita de dor e em seguida a acerta um soco, Lia caí no chão enquanto o homem chuta ela várias vezes, um sussurro diz pra ela pega a faca que o homem deixou cair quando Lia o feriu, ela pega antes que ele perceba, o homem sobe as escadas e vai embora.
Lia com a faca consegue quebrar as correntes depois de muito esforço, os sussurros dizem que era só ela espera ele e enfiar a faca na sua barriga assim ela poderia ir pra casa, a porta se abre, Lia finge que estava acorrentada, quando o homem se abaixa pra procura a faca perdida Lia parte pra cima do homem e enfia a faca, mas ela não acerta onde queria e o homem a empurra pra longe, pega uma pá e parte pra cima dela, Lia tenta fugir, mas o homem acerta vários golpes nela, até que ele dá um golpe certeiro e forte na sua cabeça e esmaga o seu crânio contra o chão.
Lia se levanta do chão, sem corpo já não doía mais, não tinha mais fome ou sede, mas o que teria acontecia, Lia então escuta a voz que tinha sussurrado pra ela, era uma criança da sua idade e não só ela, mas quase dez crianças estavam com ela no porão. O menino explica que Lia já não fazia mais parte do mundo dos vivos e que a única forma deles saírem do porão era ajudar à próxima vitima a matar o homem, e que agora era a vez dela ajudar.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Exorcismo de Sara Becker

            

                  Padre Simão colhe algumas flores na sua pequena plantação que ele cultiva atrás da paróquia, eram lindas rosas vermelhas e brancas que o Padre distribuía pela cidade. Padre Simão era muito querido na cidade, muito considerado e respeitado por todos, mas existia uma família que não tinha simpatia pelo Padre, os Becker, únicos na redondeza que não assistiam as missas do Padre. Antes da filha mais nova da família adoecer, Sara, eles frequentavam as missas regularmente e eram muitos devotos, mas tudo mudou depois do ocorrido.


             O Padre estava terminando de colher as rosas quando o filho mais velho dos Becker, Antônio, o chama com urgência , o Padre notou que o rapaz estava um pouco assustado, ele diz que sua irmã precisa de ajuda, assim o Padre sobe na caminhonete de Antonio e ambos partem pra sua casa estrada a fora.

             O sítio dos Becker era bem distante da cidade, quase meia hora de carro, o Padre não entendia o motivo dele ser chamado e não um médico, Antônio diz que foram ordens de seu pai, depois de vinte minutos na estrada eles finalmente chegam no sítio, Antônio não tirou o pé do acelerador em nenhum momento do percurso, curiosamente o Padre notou que o tempo havia mudado, dê um dia ensolarado pra uma forte tempestade em minutos.

 
                 
                Padre Simão entra na casa sem antes notar que diversos animais estavam em volta da casa como se fizessem um cerco, as paredes dentro da casa estavam arranhadas, que logo o Padre percebeu que foram feitas por uma pessoa, a casa estava uma bagunça e tinha um cheiro que ele não conseguia distinguir, mas ele sabia que não era uma coisa boa, as janelas estavam tapadas com grossas cortinas e papelão.

                Antônio leva o Padre até o andar de cima onde ficava o quarto da irmã, Alastor Becker, o pai de Sara, estava em frente da porta do quarto esperando eles. Padre Simão notou que o olhar de Alastor estava diferente que gerou um calafrio nele, mas antes que ele perguntasse alguma coisa a porta do quarto se abre, Maria Lúcia, mãe de Sara, sai do quarto chorando, Alastor tenta consolar sua esposa, mas ela desce rapidamente as escadas, com um tom de raiva na voz ele diz que tudo isso é culpa do Padre e o manda entrar.
           
               O Padre entra no quarto sem antes pisar numa imagem de Jesus destruída no chão, o local estava todo bagunçado com varias coisas atiradas no chão, no meio de toda aquela bagunça estava uma cama e deitada nela estava Sara, ela estava amarrada na cama com uma corda, ela vestia um pijama que parecia um vestido branco. Sara nota a presença do Padre e vira seu rosto fixando o olho nele, seus olhos estavam vermelho sangue, seu rosto parecia de um cadáver e não o de uma menina.

             Sara começa a falar com o padre, mas a sua voz estava diferente, essa voz não era a dela parecia que um demônio estava falando através dela: - Olá meu amor! Veio abusar desse corpo mais uma vez, sua sede por luxúria parece não se saciar, e nos adoramos isso.

             Ela termina a frase dando uma gargalhada, a porta do quarto se fecha com violência, deixando só o Padre e Sara dentro. Padre Simão está em estado de choque, era mesmo um demônio que estava possuindo o corpo da menina.

             A tempestade chega com força abrindo a janela e deixando o vento entrar, Padre Simão tira da sua bolsa água benta, um crucifixo e a bíblia sagrada, ele então começa a rezar: 

            - Aqueles que acreditarem em meu nome expulsaram os demônios...

           Antes que terminasse a reza Sara começa a gritar e a se debater na cama e dizendo:

           - Não adianta padre sua alma já é minha, como por anos foi o corpo dessa deliciosa garota por você.

          Ela se desamarra e salta em cima do Padre que contra a parede pede perdão por seus atos, mas antes que ele falasse mais alguma coisa ela morde seu pescoço e arranca um pedaço, o Padre cai ajoelhado no chão enquanto ela dá gargalhadas de alegria, o Padre bate na porta pedindo ajuda. A família Becker está sentada na mesa da cozinha e quando escutam os gritos do Padre, sorriem e começam a jantar. 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Assaltante de Patrícia

Patrícia tem 15 anos e nessa noite pela primeira vez ela ficará sozinha em casa, seus pais têm uma festa importante pra ir e ela não poderia ir junto. Patrícia se despede de seus pais e senta na sala pra assistir a novela, o telefone toca, Patrícia atende, mas ninguém responde, o telefone toca novamente, ela fala pra parar a brincadeira, mas quem fala no outro lado da linha é a sua amiga Lia.


Patrícia conversa com sua amiga durante algum tempo, mas como estava com sono termina a conversa logo, coloca o seu pijama e se deita, nesse exato momento o telefone toca outra vez, Patrícia levanta da cama rapidamente e atende, mas ninguém responde de novo, Patrícia volta pra cama e o telefone toca outra vez, mas agora ela escuta uma respiração do outro lado da linha seguido por baixos sussurros, Patrícia desliga o telefone irritada e volta pra sua cama. Aquela noite não estava sendo boa pra Patrícia logo em seguida que pegará no sono, ela acorda com barulhos estranhos debaixo da sua janela, fica assustada, os barulhos pareciam passos, Patrícia sua frio imaginando várias situações, um assaltante poderia entrar pela janela e matá-la a tiros, mas logo tira essa idéia da cabeça, pois a janela estava bem trancada, era impossível alguém do lado de fora abri-la, depois de alguns segundos de agonia os barulhos param.

Patrícia está com muito medo, era a sua primeira vez sozinha em casa à noite, quando já estava mais calma voltou a dormir, mas acordando com um choque de susto que a fez ficar sem fala, um estrondo forte em cima do telhado a havia acordado, era como se alguém tivesse subido lá em cima. Patrícia olha pro seu rádio-relógio que ficava em cima de sua cômoda, era quase uma hora da madrugada, ela calculava que seus pais chegariam daqui à uma hora, era só ela espera quieta que nada iria acontecer, mas os passos em cima do telhado recomeçaram, parecia que o assaltante estava caminhando no telhado.
Patrícia tremia da cabeça aos pés debaixo das cobertas, seu coração batia acelerado, mas estava atenta, seus olhos estavam arregalados na procura de qualquer sinal de movimento. Durante um tempo tudo ficou em silêncio, nenhum movimento vindo do telhado, o silêncio e a escuridão nunca foram tão assustadores quanto nessa noite. Patrícia nunca foi uma menina corajosa, mas nunca tinha sentido tanto medo na sua vida, ela tenta pensar em outra coisa, mas é impossível não pensar nos passos naquele momento. Patrícia pensa em todas as janelas e portas da casa, pensou em se levantar pra verificar se todas estavam trancadas, mas seu medo era tanto que não conseguia se movimentar.

Patrícia estava alerta, mas de vez em quanto dava uma cochilada, numa dessas cochiladas sem medo voltou com tudo, pois os barulhos tinham saído do telhado e estavam na porta principal, parecia que alguém estava tentando entrar na casa, Patrícia suava frio debaixo das cobertas quando uma dúvida surgiu dentro dela, qual era a diferença entre esperar o assaltante e ir ao encontro dele, ela se levanta da cama, os barulhos na porta continuavam, caminhando até a cozinha ela tenta ligar pra polícia, mas o telefone estava mudo, ela então pega a faca grande de churrasco de seu pai e caminha nervosa até a porta, jovem e mimada ela não tinha consciência que um assaltante a dominaria sem problemas.

O percurso até a porta pareceu uma eternidade de agonia, ela pensou em tudo que perderia se morresse nessa noite, todas as festas que não teriam sua presença, os filmes do “Crepúsculo” que ela não veria no cinema e o próximo capitulo da “Malhação”. Ela fez o maior esforço pra não fazer barulho, sua mão estava trêmula, mas a coragem tomou conta do seu ser, passando a chave na porta rapidamente e abrindo a porta com violência, ela esperava que o assaltante se assusta-se e fugisse, mas pra sua surpresa ela não viu ninguém, bateu em seu corpo uma sensação de alívio que acabou rapidamente quando ela sentiu alguma coisa roçando sua pernas que a fez pular de susto e cair no chão, para sua grande surpresa era apenas um gato que faminto tentava entrar na casa atrás de comida.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Maldito Poço dos Desejos


É madrugada, Sandra está dentro do seu carro com seu namorado, ele tenta avançar o sinal e ir alem dos beijos, tenta tirar a sua blusa, mas ela o para, Sandra avista o famoso poço dos desejos da cidade, era no meio de uma grande praça onde eles estavam próximos, a lenda da cidade dizia que os desejos mal pedidos teriam conseqüências. Sandra sai do carro e caminha até o poço que estava um pouco distante, tira uma moeda do bolso, fecha os olhos pensa em um desejo e atira. 

Sandra escuta gritos do seu namorado no carro, ela caminha em direção do carro, chamando por Leandro, ela braba reclama que essa brincadeira não tem graça, perto do carro ela olha pra dentro, mas nenhum sinal de seu namorado, Sandra fica assustada, olha pra todos os lados, mas ela só vê a mata onde eles tinham estacionado o carro. Sandra entra no carro e começa a procurar o seu celular sem sucesso, Sandra se tranca dentro do carro e escuta barulhos estranhos vindos de dentro da mata, ela grita por Leandro mais uma vez e nada. Sandra vasculha o carro procurando a sua lanterna, mas estava sem pilhas, ela abre o porta-luvas e encontra as pilhas, antes de colocar na lanterna um barulho metálico quebra o silêncio do momento, o susto foi tão forte que as pilhas caem de sua mão, ela pega as pilhas de volta, mas seu nervosismo é tanto que ela não consegue colocar as pilhas na lanterna, finalmente ela consegue, apontando a lanterna ela olha ao redor não vê nada de anormal.
Num instante, barulhos de metal arranham a lateral do carro, era como se alguém invisível estivesse arranhando o carro com uma faca. Sandra começa a gritar de desespero, a porta do carro é arrancada com violência parando bem longe do carro, naquele local se materializa um homem de capa preta com capuz cobrindo o rosto e um enorme gancho na mão direita.
 
Sandra tenta fugir do homem em vão, ele enfia gancho no seu joelho e a puxa pra fora do carro a jogando no chão, ele tira o capuz e Sandra percebe se tratar de seu namorado, mas suas feições estavam diferentes, ele estava com a expressão de um psicopata, ele a puxa pelo joelho até chegar ao poço de desejos, Sandra gritando de dor pergunta qual o motivo dele estar fazendo tudo isso, ele responde dizendo que ela desejou um namorado mais calmo e que seu desejo havia se realizado. 

Sandra se apoiando no poço levanta com muita dificuldade, procura nos bolsos uma moeda e acha, mas quando estava pensando num desejo pra acabar com o seu sofrimento, Leandro enfia o gancho nas suas costas, Sandra sente a lâmina rasgar a sua espinha e o sabor de ferro enferrujado se mistura com sangue, ela tenta cuspir, mas a única coisa que sai da sua boca é sangue, ela se vira pra ele pedindo desculpas, ele a observa por um momento e com um movimento rápido arranca a cabeça de Sandra que cai dentro do poço.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os Bichos-Papões de Ana


Ana está deitada na sua cama, é de madrugada, já passou da hora de dormir, ela se vira de um lado pra outro várias vezes, mas o sono não vem, a sua janela está entre aberta, era de vidro, tinha uma cortina branca quase transparente onde era possível ver a lua, que estava cheia e iluminava parte do quarto.
Ana escuta barulhos dentro do seu guarda-roupa, que ficava nos pés de sua cama, ela se esconde debaixo das cobertas deixando só os olhos de fora, os barulhos param e recomeçam com mais força, Ana com muito medo desce da cama, calça seus chinelos e corre até o quarto dos seus pais, chegando na porta ela escuta gemidos, Ana abre a porta e os gemidos param, ela chama sua mãe, mas seu pai a manda ir dormir.
Ana volta pro seu quarto chorando, esquecendo dos barulhos dentro do seu guarda-roupa, mas quando ela se deita os barulhos recomeçam, debaixo das cobertas ela pega o seu celular novo, que ela havia ganhado no seu aniversário de 9 anos, liga pro seu amigo Paulinho, ele fala que uma faca com lágrimas pode mata um bicho-papão. Ana caminha na ponta dos pés até a cozinha onde pega uma faca e coloca uma gota de sua lágrima na lâmina e volta pro quarto.

Ana fica na frente do seu guarda-roupa com a faca na mão, ela então enfia a faca no vão das portas e escuta um grunhido agudo de dor sair de dentro do guarda-roupa, Ana dá dois passos pra traz e a porta do guarda-roupa abre, de dentro caí morto um bicho pequeno que parecia ser um feto deformado, Ana suspira de alívio, tinha matado o bicho-papão, mas nesse exato momento ela escuta pesados passos atrás dela, quando ela se vira e vê o bicho-papão mãe, Ana havia matado o filho dela, caí uma lágrima do seu olho esquerdo e o bicho-papão a devora viva.

LENDAS URBANAS

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