"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Primeira Noite

          

           A rua está deserta, não havia nenhuma pessoa, carro ou movimento, a cidade está parecendo um deserto de concreto. Em alta velocidade um carro vem do horizonte, ele derrapa e para na frente de uma casa, um homem com o rosto em pânico saí do carro, ele está com uma arma na mão direita, olhando para todos os lados como se estivesse esperando alguma coisa sair da escuridão e o atacar. 

           A noite está mais escura do que de costume e muito quente, ele se aproxima da casa onde tinha parado o carro, entra na casa de costas apontando a arma pro horizonte, ele está procurando alguém, olha algumas fotos que estavam no chão manchado de sangue, nelas estão várias crianças sorrindo, então ele escuta barulhos vindos de um dos quartos, apontando a arma ele entra no quarto, sua mão está trêmula, mas o quarto está vazio dá meia volta e quando está saindo escuta barulhos dentro do armário, com a arma apontada bem devagar ele se aproxima e abre a porta do armário, pra seu alívio dentro do armário estão uma mulher e quatro crianças. Ele reconhece a mulher, é sua cunhada Luciana e suas duas filhas, Jéssica de 8 anos e Ana de 7, e mais duas crianças, André 5 anos e Maria de 12.  

            Luciana está muito assustada e trêmula, mas também reconhece Cris, o marido de sua irmã, ela o abraça chorando e agradecendo por ele ter vindo, pergunta o que está acontecendo com as pessoas, Cris diz que não há tempo pra essas perguntas agora, fala que eles devem ir pra mais longe possível dali, Luciana concorda, eles vão até a cozinha e começam a encher mochilas e sacolas com comida. 


  
            Cris escuta um barulho na rua, ele manda todos ficarem juntos e abaixados, uma pedra é atirada na janela da cozinha assustando a todos, Cris pega a arma na cintura, as luzes da casa começam a piscar e logo em seguida se apagam. Eles escutam passos na frente da casa, os passos param e a porta é aberta violentamente. Cris manda todos de volta pro armário, mas ele fica escondido atrás da porta com a arma em punho, ele vai se aproximando devagar pra ver quem estava na cozinha, seu medo é maior que seu raciocínio, então ele vê um homem com trajes rasgados, pele bastante pálida como se não circula-se sangue pelo seu corpo há anos, seus olhos eram vermelho vivo, ele tinha os dois dentes caninos maiores que o normal. O estranho abre a geladeira e pega um pedaço de carne crua e devora com uma ferocidade violenta, como se fosse um animal que não fora alimentado há dias, Cris observa aquele homem comer a carne crua com extremo prazer, como se sua vida dependesse disso. Com a boca cheia de sangue o estranho começa a farejar ele, então Cris em silêncio absoluto volta pro quarto e entra no armário junto com Luciana e as crianças. O estranho continua farejando e se aproximando do quarto onde eles estavam escondidos, ele entra, as crianças estão com muito medo, Cris está apavorado com a arma na mão apontando pra porta do armário, o estranho observa o quarto farejando com seu nariz, seus olhos são de arrepiar passando uma sensação de medo, olhando pro armário ele caminha até ele, Cris sabia que ele já tinha descoberto eles e se prepara pra atira, mas quando ele vai aperta o gatilho houvesse um barulho na rua, o choro de uma criança é escutado na rua vazia, o homem misterioso deixa o quarto, tropeçando nos móveis saí da casa e desaparece.   

              Cris, Luciana e as crianças ficam no armário com medo que o homem voltasse, houvesse de novo o choro de uma criança seguido de um grito que silencia imediatamente. Cris saí do armário e olha pela janela esperando ver alguém, mas tudo está deserto, nem um sinal da causa do choro. Luciana e as crianças saem do armário também, um pouco mais calma Luciana pergunta pra Cris o que está acontecendo, quem eram essas pessoas? Onde estava a sua irmã? Cris apenas diz que não é o momento pra falar sobre isso, que eles deveriam sair da casa o mais rápido possível, eles então começam a discutir sobre os olhares das crianças. Luciana quer saber onde está a sua irmã que era casada com Cris, ele senta na cama põe as mãos na cabeça, fleches de uma mulher sento atacada por alguns homens passa por sua mente, Cris fala que não quer falar sobre isso na frente das crianças, Luciana começa a gritar com ele e o joga contra a parede descontrolada, ele a segura pelos braços falando que aqui não é seguro, que outras pessoas apareceram logo, Luciana cai de joelhos e começa chorar, Cris se ajoelha também e a abraça. 

CONTÍNUA...


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