"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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domingo, 23 de outubro de 2011

3 Dias no Inferno – Parte 3


Era um castelo de tortura, os gritos eram assustadores e intermináveis, altos gritos de dor e agonia, as paredes eram vermelho sangue, aliás, eu tinha certeza que não era tinta que recobria a parede, mas sim sangue. O castelo tinha vários andares, pelo chão havia milhares de pedaços de pessoas, orelhas, dedos, narizes, partes íntimas e todo o resto que você pode imaginar, o cheiro era forte de carne podre. Cada andar do castelo tinha várias portas grandes e pesadas de madeira, eu tinha certeza que atrás daquelas portas acontecia algo assustador e macabro.

Deixei as pessoas acorrentadas sem que a criatura de 3 metros que os puxava me visse, tentei levar comigo a moça que eu tinha conhecido, mas não consegui solta-la da corrente. Me escondi diversas vezes atrás dos pilares do castelo por causa dos cachorros demoníacos que andavam por lá comendo o resto das pessoas pelo chão, eram cachorros com seis patas, 3 olhos, 2 chifres e dentes que pareciam de tubarão. 


 
Uns dos cachorros iria me ver, sem pensar entrei em uma das portas, entrei com um certo receio, mas me surpreendi, pois encontrei um belo jardim florido com um gramado verde e diversas flores com uma única árvore, não parecia que eu tinha passado por uma porta e entrado em um cômodo, mas sim que eu tinha sido levado pra um parque ou algo do tipo, entrei e fechei a porta antes que o cachorro me visse, caminhei sobre o gramado e senti que tinha algo de estranho, não era na terra que o gramado crescia, mas sobre pessoas que estavam deitadas no chão, as raízes do gramado saiam de dentro delas, eles estavam praticamente fundidos com a vegetação, com isso seus corpos estavam deformados e a única coisa que eles conseguiam fazer era gemer baixinho, e tinha outra coisa estranha naquele lugar, a única árvore que se encontrava um pouco distante não era uma árvore comum, o seu tronco era formado por pessoas contorcidas e deformadas, corri dali o mais rápido possível e fechei a porta.

Caminhei pelos cantos pra não atrair a atenção de nada, mas um dos cachorros me avistou mais uma vez, corri dele o mais rápido que eu conseguia mesmo assim ele estava me alcançando então entrei em outra porta. Era um mar de pessoas, dentro dessa sala parecia que eu tinha entrado em outro mundo, milhões de pessoas amontoadas com cara de sofrimento tentando desesperadamente sair daquele lugar que chovia ácido em cima deles e derretia as suas peles, eu consegui fecha a porta antes que eu fosse tragado pra dentro.


Antes que eu pudesse ter qualquer reação com o ocorrido há poucos segundos senti um cheiro estranho, nunca tinha sentido algo parecido com aquilo, nada na terra se comparava com esse cheiro, não tenho como descreve-lo, o cheio havia me hipnotizado de uma tão maneira que eu já não controlava mais meu corpo, caminhei lentamente como um zumbi atrás do seu local de origem, eu não pensava em mais nada meu único objetivo era achar a origem do cheiro.

O cheiro me levou pra uma outra porta, essa porta era diferente das outras, era de ouro puro e não tinha maçaneta, assim que fiquei de frente pra ela, ela se abriu pra mim, o lugar era super amplo e muito iluminado, chegava a doer os olhos de tão claro que era o local, tinha milhares de mesas que continham o mais variado numero de comidas possíveis, eu como estava com muita fome olhei pra todos os lados e não enxerguei ninguém, me aproximei de uma das mesas e comecei a comer. O cheiro da comida era diferente, tinha um toque a mais do que as comidas da terra, comi tudo que estava ao meu alcance, carnes, pães, tortas, bolos e tudo mais que vi.

Depois de estar completamente satisfeito, notei que bem no fundo daquela cômodo havia um pequena sala reservada, caminhei com precaução até lá, era tipo uma cozinha onde mais e mais comida saia dali, espiei por dentro e vi diversos demônios horrendos, vestindo trajes de chef de cozinha preparando as comidas, foi aí que percebi a minha grande cagada, , o toque especial, o cheiro diferente daquelas comidas tinha um motivo, as comidas eram feitas de pessoas, não sei como eles faziam pra cozinhar e transformar pessoas em bolos, doces e tudo mais, meu estômago a se revirar e eu vomitei ali mesmo, os demônios me ouviram e tocaram um alarme.

Eu corri o mais rápido possível ainda enjoado, consegui escapar por um triz daquele lugar, vomitei mais um pouco e vi que dá minha boca saia dedos, orelhas e outras parte do corpo de outras pessoas, eu estava ficando fraco, minhas pernas já não estavam mais resistindo, aquele seria o meu fim, um dos cachorros ou um demônio qualquer iria me encontrar, eu finalmente cai no chão exausto, parecia que eu estava com alguma doença grave, mas foi nesse exato momento que veio a minha salvação, deitado no chão com a visão meia turva vi algo que eu jamais esperaria  encontrar naquele lugar, me pegou no colo e me tirou dali, como era bonito e gracioso eu finalmente achei que estava em paz, mas como é possível isso ter acontecido, como uma criatura dessas poderia estar nesse lugar, mas apesar dos meus questionamentos eu estava feliz depois de ter perdido as esperanças eu fui salvo, e não foi por qualquer criatura, mas por uma criatura de deus, eu fui salvo por um anjo.

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