"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Assaltante de Patrícia

Patrícia tem 15 anos e nessa noite pela primeira vez ela ficará sozinha em casa, seus pais têm uma festa importante pra ir e ela não poderia ir junto. Patrícia se despede de seus pais e senta na sala pra assistir a novela, o telefone toca, Patrícia atende, mas ninguém responde, o telefone toca novamente, ela fala pra parar a brincadeira, mas quem fala no outro lado da linha é a sua amiga Lia.


Patrícia conversa com sua amiga durante algum tempo, mas como estava com sono termina a conversa logo, coloca o seu pijama e se deita, nesse exato momento o telefone toca outra vez, Patrícia levanta da cama rapidamente e atende, mas ninguém responde de novo, Patrícia volta pra cama e o telefone toca outra vez, mas agora ela escuta uma respiração do outro lado da linha seguido por baixos sussurros, Patrícia desliga o telefone irritada e volta pra sua cama. Aquela noite não estava sendo boa pra Patrícia logo em seguida que pegará no sono, ela acorda com barulhos estranhos debaixo da sua janela, fica assustada, os barulhos pareciam passos, Patrícia sua frio imaginando várias situações, um assaltante poderia entrar pela janela e matá-la a tiros, mas logo tira essa idéia da cabeça, pois a janela estava bem trancada, era impossível alguém do lado de fora abri-la, depois de alguns segundos de agonia os barulhos param.

Patrícia está com muito medo, era a sua primeira vez sozinha em casa à noite, quando já estava mais calma voltou a dormir, mas acordando com um choque de susto que a fez ficar sem fala, um estrondo forte em cima do telhado a havia acordado, era como se alguém tivesse subido lá em cima. Patrícia olha pro seu rádio-relógio que ficava em cima de sua cômoda, era quase uma hora da madrugada, ela calculava que seus pais chegariam daqui à uma hora, era só ela espera quieta que nada iria acontecer, mas os passos em cima do telhado recomeçaram, parecia que o assaltante estava caminhando no telhado.
Patrícia tremia da cabeça aos pés debaixo das cobertas, seu coração batia acelerado, mas estava atenta, seus olhos estavam arregalados na procura de qualquer sinal de movimento. Durante um tempo tudo ficou em silêncio, nenhum movimento vindo do telhado, o silêncio e a escuridão nunca foram tão assustadores quanto nessa noite. Patrícia nunca foi uma menina corajosa, mas nunca tinha sentido tanto medo na sua vida, ela tenta pensar em outra coisa, mas é impossível não pensar nos passos naquele momento. Patrícia pensa em todas as janelas e portas da casa, pensou em se levantar pra verificar se todas estavam trancadas, mas seu medo era tanto que não conseguia se movimentar.

Patrícia estava alerta, mas de vez em quanto dava uma cochilada, numa dessas cochiladas sem medo voltou com tudo, pois os barulhos tinham saído do telhado e estavam na porta principal, parecia que alguém estava tentando entrar na casa, Patrícia suava frio debaixo das cobertas quando uma dúvida surgiu dentro dela, qual era a diferença entre esperar o assaltante e ir ao encontro dele, ela se levanta da cama, os barulhos na porta continuavam, caminhando até a cozinha ela tenta ligar pra polícia, mas o telefone estava mudo, ela então pega a faca grande de churrasco de seu pai e caminha nervosa até a porta, jovem e mimada ela não tinha consciência que um assaltante a dominaria sem problemas.

O percurso até a porta pareceu uma eternidade de agonia, ela pensou em tudo que perderia se morresse nessa noite, todas as festas que não teriam sua presença, os filmes do “Crepúsculo” que ela não veria no cinema e o próximo capitulo da “Malhação”. Ela fez o maior esforço pra não fazer barulho, sua mão estava trêmula, mas a coragem tomou conta do seu ser, passando a chave na porta rapidamente e abrindo a porta com violência, ela esperava que o assaltante se assusta-se e fugisse, mas pra sua surpresa ela não viu ninguém, bateu em seu corpo uma sensação de alívio que acabou rapidamente quando ela sentiu alguma coisa roçando sua pernas que a fez pular de susto e cair no chão, para sua grande surpresa era apenas um gato que faminto tentava entrar na casa atrás de comida.

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