"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Os Bichos Papões de Ana 2° Versão


"A imagem do bicho-papão possui variações de acordo com a região. Segundo a tradição popular, o bicho-papão se esconde no quarto das crianças mal educadas, nos armários, nas gavetas e debaixo da cama para assustá-las no meio da noite. Outro tipo de bicho-papão surge nas noites sem luar e coloca as crianças mentirosas em um saco pra fazer sabão. Quando uma criança faz algo errado, ela deve pedir desculpas, caso contrário, segundo a lenda, receberá uma visita do bicho-papão."
                                                                                                        http://www.sohistoria.com.br/

Ana estava comendo a sua janta, sua mãe tinha feito sua comida favorita pra compensar o dia inteiro de brigas que teve com seu marido na frente dela, fazia semanas que eles estavam brigando, mas hoje tinha sido bem violento e Ana tinha presenciado tudo, a cara de confusa e assustada de sua filha fez a briga parar automaticamente, arrependidos prometeram pra ela e pra eles mesmos que iam começar a se entender novamente, mas não era só isso que estava deixando Ana assustada, estava escutando barulhos estranhos dentro do seu guarda-roupa durante a noite.

Ana é surpreendida quando seu pai chega com um celular, tinha pedido um no seu aniversário de nove anos, mas não tinha ganhado e agora em um dia qualquer recebe o presente que tanto queria, agora poderia falar sempre com seu amigo Paulinho, de quem ela tanto gostava. Ana notou que seus pais agora cochichavam no ouvido um do outro e davam pequenos sorrisos, Ana sentou no sofá na frente da televisão e foi ver o seu desenho favorito mexendo no seu novo celular.



Indo no seu quarto procurando os fones do celular que tinha atirado encima da cama, seu guarda-roupa dá uma pequena balançada, Ana pula pra cima da cama, o guarda-roupa volta a tremer, a porta começa a abrir devagarinho, ela atira uma almofada na porta que fecha rapidamente como se alguém do lado de dentro a tivesse fechado. Ana corre pra sala louca de medo e avisa os seus pais que tinha alguma coisa dentro do seu guarda-roupa. Eles vão até o seu quarto abrem o guarda-roupa, mas ele tinha apenas as roupas de Ana e nada a mais.
Ana está deitada na sua cama de madrugada, já tinha passado da hora de dormir, se vira de um lado pra outro diversas vezes, mas o sono não vinha, a sua janela estava entre aberta, era de vidro, tinha uma cortina branca quase transparente onde era possível ver a lua que estava cheia e iluminava parte do quarto.

Ana escuta novamente os barulhos de dentro do seu guarda-roupa, que fica nos pés de sua cama, se esconde debaixo das cobertas deixando só os olhos de fora, os barulhos param e recomeçam com mais força, Ana com muito medo desce da cama, calça seus chinelos e corre até o quarto dos seus pais, chegando na porta escuta gemidos, Ana abre a porta e os gemidos param, ela chama sua mãe, mas seu pai a manda ir dormir.
Ana volta pro seu quarto chorando com medo dos barulhos dentro do seu guarda-roupa, quando ela se deita os barulhos recomeçam, debaixo das cobertas ela pega o seu celular novo, liga pro seu amigo Paulinho, fala tudo o que estava acontecendo, ele então diz que poderia ser um bicho-papão, que uma faca com lágrimas pode matar um bicho-papão. Ana caminha na ponta dos pés até a cozinha onde pega uma faca e coloca uma gota de sua lágrima na lâmina e volta pro quarto.

Alguma coisa estava embaixo de sua cama, a porta do guarda-roupa estava entre aberta, o bicho-papão tinha saído do guarda-roupa e ido pra debaixo da cama, Ana estava tremendo dos pés a cabeça, o bicho começa a bater nos estrados da cama, Ana teve que se segurar pra não se mijar de medo, quando o bicho parou de se mexer ela pegou a faca e com toda a coragem que conseguiu reunir, passa a faca diversas vezes embaixo da cama até que acerta, o bicho grita e corre pra dentro do guarda-roupa novamente. O pai de Ana percebendo as movimentações e os barulhos aparece no seu quarto e a manda dormir aos gritos nem deixando Ana falar o que estava acontecendo.


Ana fica na frente do seu guarda-roupa com a faca na mão, então enfia a faca no vão das portas e escuta um grunhido agudo de dor sair de dentro do guarda-roupa, Ana dá dois passos pra traz e a porta do guarda-roupa se abre, de dentro caí morto um bicho pequeno que parecia ser um feto deformado, Ana suspira de alívio, tinha matado o bicho-papão, mas nesse exato momento escuta pesados passos atrás dela, quando se vira vê o bicho-papão mãe, Ana havia matado o filho dela, caí uma lágrima do seu olho esquerdo e o bicho-papão, que parecia um pequeno dinossauro grotesco todo deformado, passa por ela e vai até o quarto de seus pais, Ana apenas escuta os gritos de desespero e de carne sendo dilacerada. Depois de alguns minutos o bicho-papão volta coberto de sangue e entra novamente dentro do guarda-roupa desaparecendo.



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