"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

Minha foto
Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

Postagens populares da semana

Seguidores

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Me Salve Antes do Fim do Mundo - Parte 2





O céu estava lindo naquela tarde, azul e sem nuvens, mas pra mim ele estava cinza e com trovões, porque acabei de saber que o mundo iria acabar, eram 16h e 15min e faltava uma hora para o fim ou 3.600 segundos de vida pra humanidade, 21/12/2012 era a data final, todos os canais anunciavam, mas nenhum deles dizia o motivo, parei por um instante, perdendo preciosos 5 minutos (300 segundos) de vida, pensei em sair correndo e abraçar familiares e amigos e morrer com eles, mas eu tive uma ideia ou apenas um pensamento, eu tinha um grande amigo cientista que poderia me dizer o que estava acontecendo, mas o que eu poderia fazer pra impedir o fim do mundo, eu ainda não sabia mais algo dentro de mim dizia que eu poderia evitar isso.

Corri o mais depressa possível, naquele momento o mundo já estava um caos, todos estavam desesperados e apavorados, peguei um carro que estava abandonado com as chaves dentro e então fui em direção ao seu laboratório no centro da cidade, se algo realmente estava acontecendo ou alguma coisa poderia impedir o fim do mundo esse cara saberia a resposta com certeza.

Parei em um grande engarrafamento, já se passaram 1.500 segundos e o meu tempo estava acabando, pessoas saiam dos seus carros e brigavam no meio da rua, policiais atiravam acertando qualquer um pelo caminho, homens, mulheres e crianças, a cidade havia se tornado um pandemônio, a civilidade havia acabado, era cada um por si naquele momento, uma pequena bomba explodiu a uns 20 metros de mim, fiquei um pouco zonzo mais corri pra longe, abandonei o carro e segui a pé no meio daquele cenário apocalíptico.


Minhas pernas doíam de tanto que eu corri, mas ainda estava longe do meu objetivo, corri ainda mais rápido até que tropecei feio e cai no chão, meu braço que usei pra proteger meu rosto estava quebrado, doía demais até que uma suave mão me ajudou a levantar, era uma linda morena de cabelos cacheados e olhos cor de mel, ela perguntou se eu estava bem, tentando bancar o macho que não sente dor falei que estava doendo pouco, ela pegou uma camisa que estava na sua mochila e fez uma a tipoia pra mim, seu nome assim como seus olhos era Mel, meio nervoso com o lindo sorriso dela disse meu nome completo em um tom formal constrangedor que a fez rir, Eric Douglas Ribeiro, depois que falei notei que fui ridículo e ri também, olhei no relógio e tomei um susto já se passaram 2.700 segundos e o fim estava cada vez mais próximo, expliquei tudo o que eu estava fazendo pra ela e concordou em me ajudar, por sorte ela estava com uma moto, agora eu tinha que manter o foco na minha missão que eu mesmo tinha inventado na minha cabeça, mas algo me dizia que daria certo.

Chegamos no laboratório, mas para meu espanto estava cercado de militares com uniformes pretos e vermelhos, todos estavam com aquelas mascaras de gás parecidas com as dos filmes, não tinha por onde entrar, fomos pelos fundos e encontramos uma pequena janela, foi difícil mais conseguimos entrar. O local estava uma bagunça, tudo estava revirado e jogado no chão, caminhos pelos cantos sem fazer barulho, havia muitas pessoas esquisitas circulando por lá, nos deveríamos ir no laboratório principal que era onde meu amigo trabalhava.

Quando chegamos no local algo muito estranho estava acontecendo por lá, o meu amigo estava acorrentado em uma cadeira e dois homens de jalecos brancos estavam o torturando, mas esses dois homens não eram homens normais, seus rostos estavam deformados e eles pareciam não conseguir caminhar direito, e outra coisa super esquisita chamou minha atenção, um animal estranho estava preso por um cólera, tinha jeito de um cachorro, mas não era um, parecia mais um cão do inferno.

Eles continuavam a torturar meu amigo queriam saber de uma informação que ele sabia, olhei no relógio e faltavam agora apenas 300 segundos pro fim do mundo, agora me esconder já não era importante chamei a atenção dos dois homens estranhos e o cachorro esquisito começou a latir pra mim e pra Mel, os dois homens de rostos deformados me olharam e meu amigo também me olhou e abriu a boca pra me falar algo importante:

-Salve o mundo, Eric, pegue a...

Mas ele silenciou na hora, havia levado um tiro na testa de um dos homens deformados, naquele momento tudo tinha ido por agua abaixo, tudo que eu tinha imaginado acabará, perdi as esperanças de salvar o mundo, caiu uma lágrima dos olhos de Mel, a abracei enquanto vi o cachorro esquisito vir em nossa direção.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

LENDAS URBANAS

LENDAS URBANAS

Postagens populares

100.000

100.000

Página no Facebook