“O Coelho da Páscoa é um dos símbolos pascais, utilizado por representar
a fertilidade, o nascimento e a esperança da vida. Neste contexto, para os
cristãos, o coelho seria uma das representações da ressurreição de Jesus
Cristo. Alguns povos antigos relacionavam este animal com a chegada do fim do
inverno e começo da primavera, como um simbolismo do “renascimento da vida”. Os
coelhos eram os primeiros animais a abandonarem as suas tocas quando a primavera
começava.”
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A páscoa desse ano iria ser farta na
casa dos Oliveira, uma grande família politica de São Paulo, o patriarca da
família João Marcos Oliveira envolvido em diversos esquemas de corrupção no
governo, era um temido Senador, algumas pessoas diziam que ele tinha sido
apadrinhado pelo ex-presidente Collor e que uma ligação com o também
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sua mulher Adelaide Nobre Oliveira,
deputada federal, diversas vezes investigada em CPIs, tinha um patrimônio
pessoal milionário muito além do que deveria ter, o filho mais velho estava
seguindo pelo mesmo caminho corrupto que os pais, Pedro Marcos Oliveira tinha
conseguido uma vaga no gabinete da prefeitura. E seus filhos gêmeos mais novos
estavam sendo preparados pra algum cargo no senado.
O domingo de páscoa amanheceu
chuvoso, os gêmeos acordaram loucos pra abrir os ovos e comer os chocolates,
mas antes a família toda deveria ir à igreja assistir a missa e só depois
abrir, depois de João Marcos dar alguns telefones longos, eles finalmente
saíram. O motorista já estava esperando por eles, Adelaide o manda desligar o
rádio, pois estava passando uma reportagem da investigação Lava-jato.
A missa não demorou muito e logo eles
estavam novamente em casa, para o espanto deles encima da mesa tinha um ovo de páscoa
desconhecido, enorme era quase do tamanho de um adulto, o papel que estava
enrolado era bem simples, azul quase transparente, os gêmeos adoraram a
surpresa, mas o resto ficou confuso, não tinham autorizado ninguém a entrar na
casa quanto mais deixar uma surpresa, e também não faziam ideia de quem poderia
ter deixado aquilo ali, todos os empregados estavam de folga, e o motorista
estava com eles esperando do lado de fora a missa acabar.
O ovo começou a se mexer encima da
mesa, fazia um movimento pra frente e pra traz como se alguma coisa dentro dele
estivesse tentando se mexer, todos se assustaram com a movimentação, eles se
entre olham confusos, de dentro do ovo escutam um barulho estranho, um tipo de
choro abafado, João Marcos se aproxima mesmo com a desaprovação de Adelaide,
bem devagar ele cutuca, mas se afasta tropeça e cai no chão quando o ovo começa
a rachar.

Adelaide com seus filhos sobe as
escadas pro quarto, João Marcos fica na cozinha tentando achar alguma coisa pra
atacar o que saísse dali. Algum tempo se passou e nenhum barulho ou sinal de
seu marido, aquela espera misturada com a tensão e o medo estava sendo demais
pra ela, então resolveu descer, mandou seus filhos ficarem quietos que ela já
voltava, mas não voltou, Pedro Marcos estava tremendo de medo e não fez nada
quando os gêmeos decidiram descer pra encontrar os seus pais.
Quase uma hora se passou e Pedro
Marcos continuava no mesmo lugar, dentro do closet tremendo de medo, tentando
deixar de lado toda a sua covardia e mesmo com suas pernas quase não o
obedecendo decidiu descer também, assim que desceu as escadas encontrou um
braço decepado no ultimo degrau, em todo o chão rastros vermelhos desenhavam
uma pintura macabra.
Diversos olhos o observavam por todo
o lado, poderia ser dez ou talvez até cem, ele não teve tempo de contar,
pequenos coelhos de diversas cores, mas todos com dentes enormes se espreitavam
pelos cantos farejando o seu sangue, sem a chance de ter um poder de reação, um
dos coelhinhos pula no seu pescoço arrancando um pedaço, ele se ajoelha no chão
gritando de dor enquanto o coelhinho ainda estava pendurado no seu pescoço.
Dezenas de outros pulam em seu corpo, um deles arranca a sua língua, ele
engasga no próprio sangue enquanto é dilacerado por dentes afiados.