"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Embaixo da Cama



O quarto não parecia assim tão assustador durante o dia quanto era a noite, a mãe não deixou a luz do banheiro acessa, isso pelo menos deixava uma fresta iluminada aqui dentro. A única luz que chega agora, é a da lua cheia, que passava pela janela e atravessava a cortina de unicórnios, que minha madrinha tinha comprado.



Me tapei com as cobertas até a cabeça para dormir mais rápido, mas quando estava prestes a dormir fui despertada. Alguma coisa está embaixo da minha cama. Não tenho coragem de ver o que é, tenho vontade de gritar pra minha mãe, mas se essa coisa a mata e a mim.

Fico quietinha esperando para ver se a coisa vai embora, mas ainda sinto movimentos embaixo da cama, estou com bastante medo, e fico ainda mais quando a cama fica flutuando de um lado para o outro e dois braços saem de cada lado.



Eu grito desesperada, mas parece que ninguém está me ouvindo, cadê minha mãe? Cadê meu pai? Preciso de ajuda, as mãos me puxam para o chão e sou arrastada para de baixo da cama. Ali de baixo é tudo escuro e molhado.


Depois de um tempo ali gritando e chorando, olho pra cima e minha cama na parte de cima ficou transparente e encima da minha cama pude ver uma menina igualzinha a mim. Minha mãe abre a porta e a abraça como se fosse eu.


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