Assim
que abri os olhos estava em um parque, o balanço das crianças ainda em movimento de frente
pra trás, alguém esteve se balançando recentemente, talvez fosse até eu mesma,
pois não me lembro de como vim parar aqui. O céu estava carregado com nuvens
escuras, e raios de vez em quando iluminando tudo, estou confusa, não sei como
vim parar aqui, sinto-me cansada e um pouco tonta, minha visão está meio turva
queria me deitar o mais rápido possível.
Abro
meus olhos novamente, agora estou em um lugar diferente, na beira da praia,
dessa vez de noite, o mar agitado trazia ondas turbulentas, o frio era de
rachar a pele. No horizonte daquelas águas eu vi um pequeno barco se
aproximando, vinha na escuridão sem nenhuma luz para guia-lo, dentro ou fora
dele. Não tive reação, fiquei ali parada esperando o que aconteceria. O barco
atracou, um homem desceu dele, e veio caminhando em minha direção, vestia uma
bermuda branca, e uma camiseta azul rasgada, de pés descalços com um chapéu de
palha. Quando se aproximou de mim notei que estava completamente sujo, depois
de alguns segundos me encarando ele falou uma coisa do meu ouvido – Mate o
padre! – fiquei parada sem entender o que aquilo significava. Ele voltou pro
seu barco e partiu pro mar novamente, enquanto estava desaparecendo no
horizonte uma criatura surge das profundezas, parecia ser uma serpente gigante
misturada com um dragão, o bicho engoliu o barco e voltou pras profundezes.
Abri
meus olhos mais uma vez, agora estou no terraço de um prédio muito alto, tão
alto que não consigo ver o chão lá embaixo, estou parada no limite de cair, um
desequilíbrio eu estaria lá embaixo. Não tive tempo de pensar no que estava
fazendo ali, atrás de mim uma porta se abriu, e surgiu o que parecia ser um
zumbi, mas em uma versão dez vezes mais bizarra. O corpo todo podre como o de
um zumbi padrão, mas ele tinha três braços, um deles saia do meio da barriga,
não tinha olhos, parecia que não tinha nascido com eles, os dedos dos pés
descalços pareciam garras. Veio se aproximando de mim fazendo um gemido
metálico e angustiante, eu quase escorreguei e despenquei daquela altura que
seria fatal, mas o zumbi bizarro continuava a se aproximar, eu não tinha pra
onde correr, meu corpo ficou mole e quando estava caindo o zumbi conseguiu
agarrar meu pé. Foi me puxando pra cima novamente, eu sabia o que ele queria de
mim, queria literalmente me devorar, com meu outro pé chutei a cara dele duas
vezes até conseguir me soltar, com os braços abertos fui caindo.
Com
os olhos abertos estava agora deitada em uma cama, meus braços e pernas
amarrados, vestia apenas uma camisola branca, cruzes e imagens de Jesus
espalhadas pela parede, estava obviamente em um lugar religioso. Mesmo fazendo
força não conseguia me soltar, parei de tentar quando no lado de fora alguma
coisa gigantesca estava se movendo, um bicho colossal estava criando tremores
no lugar inteiro enquanto passava, as luzes se apagaram, e percebi que não
estava sozinha nesse quarto, alguém surgiu da escuridão e parou no lado da
cama, passou suas mãos com unhas compridas em todo o meu corpo deixando
aranhões em toda a extensão. Eu tremia muito e ele percebeu, colocou suas mãos
no meu pescoço e tentou me sufocar, mas logo em seguida, para minha sorte, a
luz voltou e aquela pessoa desapareceu com a escuridão. A porta se abriu e um
padre entrou, ele parecia mais ameaçador do que a pessoa que surgiu da
escuridão.
Vou falar o que eu acho
ResponderExcluirNão curto história de terror assim, surreal de mais cara
Todas q li até agora assim