Punta Arenas é uma pequena cidade aqui do Chile,
localizada na Península de Brunswick, o cemitério Municipal é uma das
principais atrações daqui, tem um belo jardim e mausoléus
impecavelmente construídos de forma a recriar o estilo de vida de seus donos,
eu e minha família moramos quase que no lado, quando pequeno tinha medo do
lugar, mas hoje em dia aproveito o lugar pra ganhar dinheiro com os turistas.
Eu sou o mais velho de três irmãos, vivemos uma
vida pacata sem luxo, mas nunca passamos necessidades. Ontem eu estava olhando
a televisão e vi uma notícia que um pequeno satélite iria cair perto da nossa
cidade, era algum tipo de desativação, mas até ele passar a atmosfera com a
entrada chegaria em solo do tamanho de uma moeda, sem perigo nenhum, seria uma
pena, pois se algo grande acontecesse, muitos mais turistas iriam aparecer, e
imagina se caísse perto do cemitério, estaríamos ricos.
Assim que o sol se pôs, um rastro de fumaça
cortou o céu, e caiu no lado de nossa casa fazendo um grande estrondo. Fiquei
intrigado, como uma coisa do tamanho de uma moeda poderia fazer tanto estrago.
Olhamos pela janela e o buraco era enorme e em volta algo que nunca tinha
visto, fogo na terra remexida. Como pensávamos que fosse o pedaço de satélite,
meu pai esperou o fogo baixar e fomos todos pra rua ver aquele grande evento,
até o nosso cachorro que estava embaixo da mesa com medo foi junto.
Mas o que vimos não foi algo de metal, mas sim
um pedaço de rocha arredondado com um buraco no meio. Era um meteoro, meu pai
abriu um sorriso, poderíamos expor ele e ganhar um bom dinheiro. Meus irmãos
pulavam e cantavam em volta alegres.
A alegria se tornou tensão, o meteoro começou a tremer, uma gosma roxa começou a sair de dentro, aquilo parecia estar viva, e realmente estava, pulou no meu irmão menor, entrou dentro dele pela boca, nariz, orelhas e olhos. Fiquei imóvel aterrorizado com a cena, meus pais o pegaram, mas ele estava diferente, se livrou deles e começou a falar uma língua estranha com um som metálico, o cachorro não parava de latir pra ele, aquela gosma tinha tomado o controle de meu irmão. Pegou um pedaço de pau e tentou bater na gente, todos nós tentamos segura-lo, mas a força dele era muito maior que o normal, ele derrubou todos nós, caímos desacordados no chão, quando acordados meu irmão estava enforcado em uma árvore.
A alegria se tornou tensão, o meteoro começou a tremer, uma gosma roxa começou a sair de dentro, aquilo parecia estar viva, e realmente estava, pulou no meu irmão menor, entrou dentro dele pela boca, nariz, orelhas e olhos. Fiquei imóvel aterrorizado com a cena, meus pais o pegaram, mas ele estava diferente, se livrou deles e começou a falar uma língua estranha com um som metálico, o cachorro não parava de latir pra ele, aquela gosma tinha tomado o controle de meu irmão. Pegou um pedaço de pau e tentou bater na gente, todos nós tentamos segura-lo, mas a força dele era muito maior que o normal, ele derrubou todos nós, caímos desacordados no chão, quando acordados meu irmão estava enforcado em uma árvore.
Voltamos pra casa atordoados com o que tinha
acontecido, meu pai levou o corpo de meu irmão pra dentro. A gosma tinha saído
de dentro dele, mas para onde tinha ido era um mistério, estava desconfiado que
tinha entrado em um de nós enquanto estávamos inconscientes, mas quem seria?
Precisava ficar de olho, se não teríamos que enterrar outro de nós.
Meu pai tinha uma arma dentro do armário, a
peguei, a única certeza que tinha era que eu não era aquela gosma, mas se fosse
nosso pai estávamos perdidos, então precisava proteger minha mãe e meus irmãos
que restaram.
Fiquei de olho em todos, minha família corria
risco, meu pai estava estranho, levou o corpo sem vida de Matias pro seu
quarto. Não poderia arriscar fui atrás dele no quarto, era ele, eu sei, bem
obvio, o que eu vou fazer? Minha mãe estava chorando demais na sala junto com
meus irmãos, eu tenho que fazer algo, a gosma ia tomar conta de todos nós, ele
estava de joelhos de costa pra mim, apontei a arma, ele se vira e eu atiro.
Agora meu pai estava ali no chão com um buraco
na cabeça em volta de muito sangue que escorria pelo chão. Minha mão estava
doendo, nunca tinha atirado antes, deu um coice que tremeu meu braço. E o
barulho foi alto e seco seguido do impacto de meu pai caindo no chão. A gosma
não saiu de dentro dele.
Minha mãe chegou logo em seguida, quando viu o
pai no chão e eu com uma arma na mão entrou em desespero, e partiu pra cima de
mim, tentei segura-la, mas ela estava com uma loucura nos olhos, naquela luta a
arma disparou. Minha mãe caiu de joelhos com a barriga sangrando, era ela agora
tenho certeza, com mais dois disparos no peito ela cai morta no chão.
A gosma também não saiu dela, agora sou eu que
estou em desespero, só podia ser um dos meus dois irmãos que estavam na sala,
ou era Romano ou a Valentina. Fui até a sala correndo, os dois estavam
abraçados no sofá chorando e o cachorro latindo pra eles. Com certeza era um
deles, mas agora qual? Não podia arriscar logo agora, eu sinto muito mais tenho
que matar os dois.
O cachorro morde a perna de Romano e eu atiro no
reflexo, a bala pega no seu ombro, Valentina assustada corre para a porta e eu
atiro nas suas costas duas vezes, ela cai morta no chão. Romano ainda estava
vivo e se arrastava tentando fugir, eu chego perto dele e atiro na sua cabeça,
agora sim a gosma tinha sido eliminada.
Eu caminho até a rua, o sol já estava iluminando
tudo, o nosso cachorro passa por minha perna e se vira pra mim, seus olhos
estavam roxos. Ele corre pra longe, eu atiro, mas não consigo acerta-lo. Volto pra
dentro de casa e vejo tudo o que eu fiz, sobrou apenas uma bala na arma, eu
aponto pra minha cabeça e aperto o gatilho.
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