"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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sexta-feira, 24 de março de 2017

Pesadelos de Stephen King



Vanessa estava sentada no sofá, estava com quase quarenta graus de febre, sua mãe já tinha dado todos os remédios possíveis, mas a febre não baixava, já estava preparada para leva-la ao hospital. Vanessa se curva no sofá e vomita, mas ela não vomita a comida que tinha no estomago, mas sim uma aranha preta do tamanho de um chinelo, a mãe se assusta e se afasta, a aranha desce do sofá indo direto para a cozinha, consegue abrir a geladeira e lá fica.

Vanessa ficou desacordada no sofá sem ter nenhuma reação enquanto sua mãe a sacudia sem parar. A aranha estava comendo tudo o que podia dentro da geladeira, a mãe a tapa Vanessa com um cobertor, pega uma vassoura e vai até a cozinha para tentar matar aquela aranha. A porta da geladeira se abre, não é uma aranha que sai de lá, mas sim um homem vestindo um terno preto.



O homem limpa o seu terno sujo de comida, a mãe ficou parada incrédula olhando para ele, ela reconhecia aquele rosto de algum lugar. O ameaçou com a vassoura, o homem nada fez com relação a isso, se virou e foi até a pia, pegou um copo para tomar agua, assim que vira o copo d’água e inclina a cabeça para tomar, a água escorre pelo canto de sua boca enquanto vai descendo seu corpo começa a se desmanchar se misturando com a água, ele vira uma poça de água no chão, a mãe observa tudo aquilo apavorada.

Ela precisava sair dali com sua filha a qualquer custo, ou ela estava enlouquecendo ou algo muito fora do normal estava acontecendo. Vai até o quarto de sua filha e lembra da onde conhecia o rosto daquele homem que se materializou na cozinha, tinha um livro encima da cama dela, e na contracapa uma foto, a foto de Stephen King.  


Ela escuta algumas vozes no quarto, o computador de Vanessa estava ligado, ela estava assistindo um canal no youtube de um garoto que estava ao vivo, e uma gosma saia da tela caindo no teclado.

Ela desligou o computador, pegou um casaco para filha e desligou a luz. Quando voltou para a sala sua filha havia desaparecido, seu coração dispara, as lágrimas começam a cair. Ela sente alguma coisa tocar o seu pé, ela dá um pulo, uma cobra verde grossa e comprida saiu de trás dela. A cobra quando chegou na sala começou a se enrolar em volta de si, não parava mais, a cobra era gigantesca, chegou no teto e foi preenchendo com seu corpo toda a sala. A mãe foi sendo esmagada contra a parede, já não estava conseguindo respirar quando a cobra explode, uma gosma marrom é espirrada em tudo.


Quando consegue se recuperar do que aconteceu se limpando daquela gosma do seu corpo, sua filha estava deitada no chão da sala, ela corre até a filha, mas quando vai abraça-la ela desaparece na sua frente, como se por magia ela aparece sentada no sofá, seus olhos estavam abertos. Seus olhos não tinham a íris azuis dela, mas pareciam agora que eram buracos negros.
Vanessa agarra a cabeça da sua mãe e aperta com força, ela parecia estar em transe, não demonstrava nenhum sentimento, sangue começa a sair das extremidades da mãe, dos olhos, ouvidos, nariz e boca. A pele dela começa a derreter como um plástico derretido, os dentes começam a cair, os olhos saltam, por fim a mãe vira uma gosma marrom no chão.




Vanessa levanta parecendo um zumbi, se ajoelha na frente da gosma de sua mãe e começa a tomar aquilo. Depois de ter terminado ela se levanta e vai até o seu quarto, religa o seu computador e entra no mesmo canal do youtube que estava antes, nos comentários escreve “ A primeira discípula da Rede está online”


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