Ana está deitada na sua cama, é de madrugada, já passou da hora de dormir, ela se vira de um lado pra outro várias vezes, mas o sono não vem, a sua janela está entre aberta, era de vidro, tinha uma cortina branca quase transparente onde era possível ver a lua, que estava cheia e iluminava parte do quarto.
Ana escuta barulhos dentro do seu guarda-roupa, que ficava nos pés de sua cama, ela se esconde debaixo das cobertas deixando só os olhos de fora, os barulhos param e recomeçam com mais força, Ana com muito medo desce da cama, calça seus chinelos e corre até o quarto dos seus pais, chegando na porta ela escuta gemidos, Ana abre a porta e os gemidos param, ela chama sua mãe, mas seu pai a manda ir dormir.
Ana volta pro seu quarto chorando, esquecendo dos barulhos dentro do seu guarda-roupa, mas quando ela se deita os barulhos recomeçam, debaixo das cobertas ela pega o seu celular novo, que ela havia ganhado no seu aniversário de 9 anos, liga pro seu amigo Paulinho, ele fala que uma faca com lágrimas pode mata um bicho-papão. Ana caminha na ponta dos pés até a cozinha onde pega uma faca e coloca uma gota de sua lágrima na lâmina e volta pro quarto.
Ana fica na frente do seu guarda-roupa com a faca na mão, ela então enfia a faca no vão das portas e escuta um grunhido agudo de dor sair de dentro do guarda-roupa, Ana dá dois passos pra traz e a porta do guarda-roupa abre, de dentro caí morto um bicho pequeno que parecia ser um feto deformado, Ana suspira de alívio, tinha matado o bicho-papão, mas nesse exato momento ela escuta pesados passos atrás dela, quando ela se vira e vê o bicho-papão mãe, Ana havia matado o filho dela, caí uma lágrima do seu olho esquerdo e o bicho-papão a devora viva.
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