Aquela
mesma rotina de sempre estava deixando Elizabeth frustrada, ela ainda tinha
lembranças de como era a sua vida antigamente, todos os familiares, amigos e
principalmente os inimigos, essa nova vida priorizava os inimigos e até alguns
amigos. Perdeu totalmente a noção do tempo, podia ter se passado apenas alguns
minutos, talvez horas, talvez dias, talvez meses, talvez anos, ou até mesmo
eras, ela não sabia mais. Por mais prazerosa que tivesse sido esse trabalho no
começo, agora parecia mais um fardo, um castigo do que originalmente era. Toda
a beleza e importância do que fazia desapareceu, ela estava mais infeliz do que
toda a sua existência já foi um dia.
Ela
não aguentou mais aquilo pegou suas coisas e saiu por aquele rio caminhando por
sua margem sem se importar com as punições e todas as outras consequências
terríveis que poderiam acontecer. Com os pés tocando aquela terra vermelha e
quente, as pequenas pedrinhas entravam em cada corte que se abria nos seus pés.
Forçou
os olhos para tentar enxergar a frente, mas não conseguia ver o fim no
horizonte. Se ajoelhou no chão e vomitou, mesmo com a dor saindo do seu
estomago passando pela sua traqueia e finalizando na boca, não saiu nada,
apenas um pequeno líquido escuro e gosmento.
Finalmente
encontrou algo de diferente, uma árvore linda, grande e forte, com folhas
extremamente verdes e tenras, suas cores faziam um contraste bem peculiar com o
resto do ambiente. E seus frutos pareciam estranhos, de longe ela não pode ver
o que eram, mas quando foi se aproximando viu que os frutos eram partes de
corpos humanos dilacerados, pedaços de pernas, braços, mãos, pés e até cabeças.
Alguma
coisa sobrevoava o local, na sua primeira impressão parecia ser uma águia ou um
abutre, mas era muito maior. Começou a dar rasantes tentando pegá-la, foi aí
que viu que a suposta ave era um dinossauro, mais precisamente um pterodátilo,
e peculiarmente sua cabeça era humana.
Pousou
a metros dela quando cansou das tentativas de pegá-la. Uma criatura bem pequena
estava na garupa do animal, não tinha nem mesmo um metro de altura, seu corpo
era similar de um humano com exceção que não tinha pescoço e seu corpo parecia
um chiclete amassado. Na sua mão esquerda uma lança e na outra um pequeno
escudo com uns símbolos estranhos.
-
O que um demônio faz longe de suas imediações? Me responda agora!
-
Eu estou cansada de torturar almas, isso não tem mais significado pra mim.
-
Essa é boa, um demônio querendo significado, essa é a primeira vez que vejo
isso.
-
Quem é você?
-
O Senhor dos lugares, o rei dos deveres.
-
O que isso significa?
-
Não é da sua conta. Quem é você mesmo? Ah lembrei, Elizabeth De La Fontaine,
morreu em 1789 na França.
-
Fui assassinada, eu que deveria ter sido a Rainha da França.
-
Todos aqui deveriam ser alguma coisa, mas não são, então demônio você vinculada
a seção tortura na Zonal Leste, então, volte pra lá.
-
Eu fiquei sabendo que alguém conseguiu escapar do inferno, se essa pessoa
conseguiu eu também consigo.
-
Já se olhou no espelho? O que um demônio com essa aparência vai fazer no mundo
dos vivos? – Elizabeth foi até o rio e viu seu reflexo, era coisa mais horrenda
que já tinha visto na vida.
eai cade a parte 2 ????
ResponderExcluir