O quarto não parecia assim tão
assustador durante o dia quanto era a noite, a mãe não deixou a luz do banheiro
acessa, isso pelo menos deixava uma fresta iluminada aqui dentro. A única luz
que chega agora, é a da lua cheia, que passava pela janela e atravessava a
cortina de unicórnios, que minha madrinha tinha comprado.
Me tapei com as cobertas até a cabeça
para dormir mais rápido, mas quando estava prestes a dormir fui despertada.
Alguma coisa está embaixo da minha cama. Não tenho coragem de ver o que é,
tenho vontade de gritar pra minha mãe, mas se essa coisa a mata e a mim.
Fico quietinha esperando para ver se
a coisa vai embora, mas ainda sinto movimentos embaixo da cama, estou com
bastante medo, e fico ainda mais quando a cama fica flutuando de um lado para o
outro e dois braços saem de cada lado.
Eu grito desesperada, mas parece que
ninguém está me ouvindo, cadê minha mãe? Cadê meu pai? Preciso de ajuda, as
mãos me puxam para o chão e sou arrastada para de baixo da cama. Ali de baixo é
tudo escuro e molhado.
Depois de um tempo ali gritando e
chorando, olho pra cima e minha cama na parte de cima ficou transparente e
encima da minha cama pude ver uma menina igualzinha a mim. Minha mãe abre a
porta e a abraça como se fosse eu.
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