Formada
a partir das décadas de 40 e 50, a Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre,
foi construída ao redor do local onde está enterrado o corpo de uma moça assassinada
no final do século XIX. Esta tornou-se um mito que representa a identidade
daquela comunidade, como pretende-se analisar neste texto.
Essa
história envolve o casal Bruno Soares Bicudo (um soldado da brigada militar
gaúcha) e Maria Francelina Trenes da Conceição, jovens apaixonados em pleno
século XIX. Um dia, Bruno resolveu marcar um piquenique com seus amigos (que
também eram soldados) onde na época havia muito mato. No dia 12 de novembro a
diversão deles com o piquenique durou algumas horas, quando o piquenique
acabou, Bruno começou a agir de forma estranha, pegou Maria e afastaram-se dos
amigos motivado por uma pequena discussão.
Ao
cair da tarde os amigos perceberam a ausência do casal, foi então que eles
decidiram procurar. Ao chegarem em uma figueira encontraram o soldado, com uma
faca na mão e Maria estirada no chão, com a garganta cortada e toda ensanguentada
ainda se debatendo.
Ela havia sido degolada pelo próprio
companheiro. Os amigos soldados de Bruno, não entendendo o que havia acontecido
ali, então decidiram comunicar aos seus superiores. Foi enviada uma guarnição
ao local, que desarmaram Bruno que foi preso. Após isso ele foi julgado e foi
condenado a 30 anos de reclusão na Casa de Detenção de Porto Alegre onde ele
foi assassinado. Segundo outro detento que estava preso na época.
Pouco após a morte de Bruno um forte vendaval
passou pelo local onde Maria acabou morrendo, que arrancou a figueira com a raiz.
Os moradores construíram uma pequena capela no local em homenagem à Maria, que
ficou conhecida como Maria Degolada.
Não há algum gaúcho que não conheça essa
famosa lenda.
Wow, que lenda! Acho que estou afim de conhecer esse lugar.
ResponderExcluirMuito legal né!
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