segunda-feira, 17 de abril de 2017

Lendas Urbanas - Maria Degolada


Formada a partir das décadas de 40 e 50, a Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre, foi construída ao redor do local onde está enterrado o corpo de uma moça assassinada no final do século XIX. Esta tornou-se um mito que representa a identidade daquela comunidade, como pretende-se analisar neste texto.

Essa história envolve o casal Bruno Soares Bicudo (um soldado da brigada militar gaúcha) e Maria Francelina Trenes da Conceição, jovens apaixonados em pleno século XIX. Um dia, Bruno resolveu marcar um piquenique com seus amigos (que também eram soldados) onde na época havia muito mato. No dia 12 de novembro a diversão deles com o piquenique durou algumas horas, quando o piquenique acabou, Bruno começou a agir de forma estranha, pegou Maria e afastaram-se dos amigos motivado por uma pequena discussão.


Ao cair da tarde os amigos perceberam a ausência do casal, foi então que eles decidiram procurar. Ao chegarem em uma figueira encontraram o soldado, com uma faca na mão e Maria estirada no chão, com a garganta cortada e toda ensanguentada ainda se debatendo.

  Ela havia sido degolada pelo próprio companheiro. Os amigos soldados de Bruno, não entendendo o que havia acontecido ali, então decidiram comunicar aos seus superiores. Foi enviada uma guarnição ao local, que desarmaram Bruno que foi preso. Após isso ele foi julgado e foi condenado a 30 anos de reclusão na Casa de Detenção de Porto Alegre onde ele foi assassinado. Segundo outro detento que estava preso na época.



  Pouco após a morte de Bruno um forte vendaval passou pelo local onde Maria acabou morrendo, que arrancou a figueira com a raiz. Os moradores construíram uma pequena capela no local em homenagem à Maria, que ficou conhecida como Maria Degolada.




 Não há algum gaúcho que não conheça essa famosa lenda.


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