Os alunos já tinham ido embora, o
turno da noite finalmente tinha acabado, a escola estava vazia e Jurandir
estava fechando tudo pra começar a sua jornada de segurança. Seu trabalho era
vigiar a escola durante a noite e garantir que ninguém entrasse, hoje era seu
primeiro dia nessa escola, e pelo o que ele viu seria tranqüilo.
Quando o ultimo professor e o ultimo
faxineiro finalmente saíram, ele trancou tudo e sentou dentro de sua guarita
localizada no meio do pátio. Antes que ligasse sua televisão para se distrair,
pegou sua lanterna e foi fazer uma ronda por garantia. Desligou algumas luzes
que permaneceram acessas, fechou algumas portas, e guardou alguns materiais de
alunos distraídos que foram deixados para trás.
Na sala dos professores notou um
barulho estranho no teto, pegou uma vassoura e cutucou, eram ratos iniciando
suas atividades noturnas. Jurandir foi até o último andar, onde se localizava o
auditório. Quando estava se aproximando viu que o lugar estava parcialmente
iluminado, uma luz que piscava constantemente, pegou seu cassetete na cintura e
se aproximou devagar.
A porta do banheiro atrás dele bateu
com força, o susto foi tão grande que a lanterna caiu e quebrou. Ele continuou,
o projetor estava ligado passando um vídeo. Ele puxou o cabo do projetor da
tomada, mas não adiantou, continuou exibindo o vídeo, Jurandir ficou confuso
com o que estava acontecendo.
Uma mulher de branco caminhava no que
aparentava ser no meio de um vulcão, vestia um vestido branco quase transparente,
o que deixava bem perceptível os seus seios avantajados. Ela então retira o
vestido ficando completamente nua, seu corpo era perfeito. Jurandir achou que
era algum tipo de filme pornô diferente, colocou a mão dentro de sua calça, e
começou a se masturbar enquanto a mulher se insinuava passando a mão em seu
corpo.
O projetor se desligou, Jurandir
ficou no escuro ainda fazendo seus movimentos, sentiu uma mão no seu ombro, deu
um pulo da cadeira que estava e caiu no chão, com as mãos no chão sentiu que estava
queimando as palmas. Uma luz vermelha tomou conta do auditório, o chão tinha sido
coberto por lava.
Jurandir levantou assustado correndo
pra fora do auditório, no corredor ele viu dezenas de pessoas, todas vestidas
com o mesmo vestido branco daquela mulher do vídeo. Eles caminhavam como
zumbis, em uma única direção, como se tivessem sendo atraídos para algum lugar.
Lágrimas caiam dos olhos de cada um. Eram almas vagando por todo o lado.
Jurandir ficou imóvel, tentou passar
despercebido, mas não adiantou, as almas agora caminhavam em sua direção, o
seguraram e puxaram novamente para dentro do auditório. No meio do chão do
auditório coberto de lava, agora havia um buraco escuro, algumas almas
começaram a se jogar ali dentro, e outras arrastaram Jurandir com elas pro
fundo do abismo.
Meu Deus, que assustador...
ResponderExcluirGostei deste conto, ainda mais por ser um dos meus tipos que curto.
ResponderExcluirQue bom, fico muito feliz...
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