Carnaval é uma palavra originária do latim e é
proveniente dos termos “carnis” e “levale”, significando
“adeus à carne”. Isso se deve ao fato de preceder a Quaresma,
período em que a Igreja
Católica quer que os fiéis façam jejum e penitência. Os festejos
carnavalescos foram trazidos ao Brasil pelos europeus, principalmente da França
e da Itália, que promoviam grandes festas nesse período. Fantasias como pierrô
e colombina, originárias da França, tornaram-se símbolo do Carnaval no Brasil.
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O
bloco ainda estava passando pela rua, Carlos via tudo de seu apartamento no
sexto andar, sua janela dava direto para a rua, e de lá ele via aquele
amontoado de gente atrás de um caminhão com música alta, esquecendo todos os
seus problemas com saúde, educação e segurança, eles se divertiam como se tudo
estivesse uma maravilha, bebiam até cair, se pegavam sem nenhum discernimento
ou responsabilidade, mijavam nas ruas deixando na manhã seguinte um cheiro
insuportável nas ruas.
Ali
da sua janela ele viu uma mulher sendo levada para um canto afastada por um
cara, eles não paravam de se beijar e se tocar, entraram em um beco isolado,
seria tudo normal até aí, outros três homens foram atrás deles. Carlos esperou
que fossem apenas amigos, mas era apenas amigo do cara, os quatro começaram a
abusar da moça sem o seu consentimento, o estupro dela era eminente. Carlos correu
para o seu celular e ligou para a policia, tocou diversas vezes até que alguém
atendeu.
-
Alô! Uma mulher aqui na rua de baixo está sendo estuprada, perto do bloco de
carnaval!
-
Calma filho, é carnaval, eles estão só se divertindo.
-
Não, você não está entendendo quatro caras vão estuprar ela.
-
Tenho outro chamado vou desligar.
Carlos
ficou indignado com a postura do policial ignorando o que estava acontecendo,
então ele decidiu descer e impedi-los, pegou uma faca na cozinha e quando foi
abrir a porta foi impedido.
Uma
mão muito quente e pegajosa segura seu braço e o empurra pra trás. Ele tropeça
no tapete caindo no chão. Entre sua planta e a porta na sombra uma pessoa
estava parada de braços cruzados, e movimentando a cabeça de forma negativa.
-
Por quê? Por quê? Meu filho, porque você não é como todo mundo? Olha a alegria
dessas pessoas, elas estão felizes, porque se preocupar tanto meu filho?
-
Quem é você?
-
Não está me reconhecendo? – ele se aproximou. – Carnislevale, o Deus do carnaval. – ele tinha a forma de uma
pessoa normal, mas com diversas penas tortas cravadas nos braços, pernas e
cabeça, tinha os olhos esbugalhados e seu sexo exposto, sua pele tinha uma
luminosidade dourada.
- Viu filho? A loucura faz parte de todos, se
entregue também a esse mundo de prazer e violência, é disso que todos gostam e
amam, faça de mim a sua divindade e o prazer eterno será a sua recompensa. Se
entregue ao prazer carnal!
- Não!
Vendo sua resistência a entidade se enfurece,
enfia seu braço no ânus de Carlos até que sua mão saiu pela boca dele, e com a
mão, tipo um boneco de ventríloquo, o faz dizer sim.
Baseado no livro Deuses Americanos , de Neil Gaiman
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