Ele discou os números com muito entusiasmo, estava no ápice de sua felicidade tinha se declarado pra garota por quem era apaixonado e seu sentimento tinha sido recíproco, eles se conheciam há anos, mas sua paixão só aumentava a cada dia. Assim que a atendente disse “Alô” falou tudo rapidamente, reservou o hotel cinco estrelas pro dia dos namorados, uma suíte máster com rosas pelo chão, café da manhã standard e tudo o que mais tinha direito.
Passou em uma loja de joias comprou um colar de ouro em formato de coração, foi até uma loja de doces e comprou bombons suíços e por fim comprou um buque de flores, estava preparado pro dia ser inesquecível, não conseguia conter a ansiedade e felicidade que estava sentindo no momento, todos os anos que esperou a pessoa certa finalmente tinha chegado, por isso queria tudo perfeito, queria fazer dela a mulher mais feliz desse mundo, sabia exatamente o que ela gostava e o que não gostava, abdicaria de várias coisas pra vê-la feliz e contente, e quem sabe no futuro terem lindos filhos juntos.
Ele
a achava a garota mais linda desse mundo, seus lindos cachos loiros misturados
com seus olhos azuis e um largo sorriso de dentes perfeitamente brancos, tinha
uma inocência no olhar que o deixava maravilhado, aquele brilho não tinha
igual, se estivéssemos na Grécia antiga seria facilmente confundida com uma
deusa do olimpo. Às vezes se perguntava porque tinha aceito ficar com ele ou
quanto tempo isso iria durar até que ela caísse na real e o deixasse, isso
gerava um ciúme dentro dele, assim que isso queimava no seu peito ele tratava
de acalmar e apagar certos pensamentos, iria ser feliz com ela pra todo o
sempre, nada nem ninguém ia atrapalhar a felicidade de ambos.
O
dia finalmente tinha chegado, assim que acordou seu coração já estava acelerado,
apesar de já ter planejado tudo com bastante antecedência estava com medo de
alguma eventualidade ocasional. Ligou logo de manhã pra todos os lugares onde
tinha deixado algo reservado, com tudo confirmado tomou um banho pra se arrumar
e sair, ele ia fazer tudo, o que precisava fazer pra ele era apenas ser ela
mesmo.
Ela
estava mais linda que o normal, chegou na sua casa de limusine com o buque de
flores na mão, ela abriu um largo sorriso e o abraçou, ali
ele viu que nada daria errado e se entregou a felicidade. Foram na limusine
tomando champanhe e comendo chocolate, conversando sobre como a vida estava
sendo boa pra eles e que o amor dos dois era eterno. Antes de chegar no hotel
ele se incomodou um pouco por ela estar toda hora no celular, disse que estava
falando com sua mãe, mas aquele sentimento de ciúme começou a atormenta-lo
novamente, respirou fundo e se acalmou, era dia dos namorados e não deveria ser
nada mesmo, tomou mais um gole de champanhe e aproveitou o resto do caminho com
seu amor.
Finalmente
chegaram no hotel, entre beijos e carinhos fizeram check-in na recepção,
ganharam trufas e uma música do cantor que se apresentava para os pombinhos que
ali chegavam, nem ligava pra nada disso a única coisa que via na sua frente era
a sua amada, subiram as escadas quase que entrelaçados, as mãos um do outro
pareciam apenas extensões do corpo um do outro tocando fixamente os seus
corpos.
Assim que chegaram no quarto ele a atirou na
cama, beijou cada centímetro do seu corpo ainda coberto pelas roupas, mas
quando foi tira-las lembrou de algo, tinha esquecido de pegar o colar de ouro
que tinha comprado, esse era o presente que ia fecha o dia com chave de ouro,
prometendo que ia voltar o mais rápido possível voltou pra casa.
Pegou
um taxi, pois a limusine só ia trazê-los, deu um dinheiro extra para o
motorista ir o mais rápido possível, não queria ficar mais tempo que o
necessário longe do seu amor, assim que pegou o colar que tinha ficado encima
da cama voltou no mesmo taxi quase que acima da velocidade permitida, chegou no
hotel e correu pro quarto encontrar o seu amor.
Chegou
quase que sem fôlego, mas feliz por ter ido tão rápido, apostou que ela não
esperava tamanha rapidez, a imaginou com aquele sorrido largo o esperando louca
de saudade, mas assim que abriu a porta escutou alguns barulhos estranhos na
cama e gemidos baixinhos, o que ele viu fez suas pernas fraquejarem, ela estava
montada encima de outro homem, os dois transando feito animais, sentiu seu
peito arder feito brasa, o sentimento de amor se tornou ódio, nenhum dos dois
percebeu que ele estava ali então saiu do quarto, foi até a recepção deu uma
desculpa e pediu um martelo emprestado.
A
primeira martelada foi na cabeça dele, cravou tão fundo que quando puxou de
volta veio junto um pedaço do cérebro, antes que ela pudesse gritar tapou a sua
boca e a arrastou para o banheiro, lá martelou cada pedaço do seu corpo
quebrando todos os seus ossos, como golpe final a sufocou com uma toalha, olhou
no fundo dos seus olhos até o brilho que existia neles desaparecer. No dia
seguinte a faxineira o encontrou pendurado por uma corda enforcado.
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