"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade" - Edgar Allan Poe

W. R. SANTHOS

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Porto Alegre, Rs, Brazil
Escritor. Pintor. Cineasta Amador.

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Acompanhada na Escuridão

Lia está voltando do colégio, já está escuro, ela tinha demorado porque ficou conversando com suas amigas, um carro para na sua frente e um homem a puxa pra dentro, Lia grita desesperada, mas a rua estava deserta, dentro do carro um objeto acerta a sua cabeça e ela desmaia.
Lia acorda com a cabeça latejando de dor, sua visão estava turva não conseguindo ver onde estava, quando tentou se mexer sentiu que estava amarrada, depois de gritar por socorro durante alguns minutos, a sua visão volta ao normal, o local onde ela estava era bastante escuro, parecia um porão, tinha apenas um feixe de luz vindo do teto que dava um ar sinistro ao porão. Cheio de teias de aranha, goteiras por todo o lado, e o que ela mais tinha medo, ratos estavam por toda a parte, grandes e nojentos.
Lia sentia um cheiro horrível de podridão, ela tenta se desamarrar em vão, as correntes estavam bem pressas. Havia uma escadaria que subia até uma porta na parte de cima. A porta se abre, desce um homem gordo e de aparência nojenta, ele vestia um avental sujo, seu rosto foi difícil de enxergar, pois com a abertura da porta a claridade tomou conta do local, mas logo o homem a fecha, ele faz caricias na sua cabeça, Lia tenta esquivar, mas o homem a puxa com força pra perto dele, o cheiro do homem era pior que o do porão, a causa enjôos, os carinhos se intensificaram até chegar a abusos mais fortes, Lia desmaia.

Lia acorda mais não tinha noção do tempo que já estava ali, todo o seu corpo está dolorido, ela nota um prato com comida que já estava no fim, pois os ratos haviam comido tudo, e um copo de água suja, quando ela tenta comer o resto da comida no prato, uma voz fala com ela:
-Tu não vai come isso, não é.
Lia se assusta, a voz vinha de um lado muito escuro no porão, ela força o olho na direção da voz, mas não havia ninguém naquele local, ela pensa que deveria ser a sua imaginação quando outra voz fala:
- Nós somos seus amigos Lia.
Vários sussurros começam por todo o porão, era como se estivesse lotado de gente, a porta se abre novamente e os sussurros desaparecem tal como apareceram, o homem vem pra cima dela outra vez, Lia chora e tenta se desvencilhar do homem e acerta o dedo no seu olho, o homem grita de dor e em seguida a acerta um soco, Lia caí no chão enquanto o homem chuta ela várias vezes, um sussurro diz pra ela pega a faca que o homem deixou cair quando Lia o feriu, ela pega antes que ele perceba, o homem sobe as escadas e vai embora.
Lia com a faca consegue quebrar as correntes depois de muito esforço, os sussurros dizem que era só ela espera ele e enfiar a faca na sua barriga assim ela poderia ir pra casa, a porta se abre, Lia finge que estava acorrentada, quando o homem se abaixa pra procura a faca perdida Lia parte pra cima do homem e enfia a faca, mas ela não acerta onde queria e o homem a empurra pra longe, pega uma pá e parte pra cima dela, Lia tenta fugir, mas o homem acerta vários golpes nela, até que ele dá um golpe certeiro e forte na sua cabeça e esmaga o seu crânio contra o chão.
Lia se levanta do chão, sem corpo já não doía mais, não tinha mais fome ou sede, mas o que teria acontecia, Lia então escuta a voz que tinha sussurrado pra ela, era uma criança da sua idade e não só ela, mas quase dez crianças estavam com ela no porão. O menino explica que Lia já não fazia mais parte do mundo dos vivos e que a única forma deles saírem do porão era ajudar à próxima vitima a matar o homem, e que agora era a vez dela ajudar.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Exorcismo de Sara Becker

            

                  Padre Simão colhe algumas flores na sua pequena plantação que ele cultiva atrás da paróquia, eram lindas rosas vermelhas e brancas que o Padre distribuía pela cidade. Padre Simão era muito querido na cidade, muito considerado e respeitado por todos, mas existia uma família que não tinha simpatia pelo Padre, os Becker, únicos na redondeza que não assistiam as missas do Padre. Antes da filha mais nova da família adoecer, Sara, eles frequentavam as missas regularmente e eram muitos devotos, mas tudo mudou depois do ocorrido.


             O Padre estava terminando de colher as rosas quando o filho mais velho dos Becker, Antônio, o chama com urgência , o Padre notou que o rapaz estava um pouco assustado, ele diz que sua irmã precisa de ajuda, assim o Padre sobe na caminhonete de Antonio e ambos partem pra sua casa estrada a fora.

             O sítio dos Becker era bem distante da cidade, quase meia hora de carro, o Padre não entendia o motivo dele ser chamado e não um médico, Antônio diz que foram ordens de seu pai, depois de vinte minutos na estrada eles finalmente chegam no sítio, Antônio não tirou o pé do acelerador em nenhum momento do percurso, curiosamente o Padre notou que o tempo havia mudado, dê um dia ensolarado pra uma forte tempestade em minutos.

 
                 
                Padre Simão entra na casa sem antes notar que diversos animais estavam em volta da casa como se fizessem um cerco, as paredes dentro da casa estavam arranhadas, que logo o Padre percebeu que foram feitas por uma pessoa, a casa estava uma bagunça e tinha um cheiro que ele não conseguia distinguir, mas ele sabia que não era uma coisa boa, as janelas estavam tapadas com grossas cortinas e papelão.

                Antônio leva o Padre até o andar de cima onde ficava o quarto da irmã, Alastor Becker, o pai de Sara, estava em frente da porta do quarto esperando eles. Padre Simão notou que o olhar de Alastor estava diferente que gerou um calafrio nele, mas antes que ele perguntasse alguma coisa a porta do quarto se abre, Maria Lúcia, mãe de Sara, sai do quarto chorando, Alastor tenta consolar sua esposa, mas ela desce rapidamente as escadas, com um tom de raiva na voz ele diz que tudo isso é culpa do Padre e o manda entrar.
           
               O Padre entra no quarto sem antes pisar numa imagem de Jesus destruída no chão, o local estava todo bagunçado com varias coisas atiradas no chão, no meio de toda aquela bagunça estava uma cama e deitada nela estava Sara, ela estava amarrada na cama com uma corda, ela vestia um pijama que parecia um vestido branco. Sara nota a presença do Padre e vira seu rosto fixando o olho nele, seus olhos estavam vermelho sangue, seu rosto parecia de um cadáver e não o de uma menina.

             Sara começa a falar com o padre, mas a sua voz estava diferente, essa voz não era a dela parecia que um demônio estava falando através dela: - Olá meu amor! Veio abusar desse corpo mais uma vez, sua sede por luxúria parece não se saciar, e nos adoramos isso.

             Ela termina a frase dando uma gargalhada, a porta do quarto se fecha com violência, deixando só o Padre e Sara dentro. Padre Simão está em estado de choque, era mesmo um demônio que estava possuindo o corpo da menina.

             A tempestade chega com força abrindo a janela e deixando o vento entrar, Padre Simão tira da sua bolsa água benta, um crucifixo e a bíblia sagrada, ele então começa a rezar: 

            - Aqueles que acreditarem em meu nome expulsaram os demônios...

           Antes que terminasse a reza Sara começa a gritar e a se debater na cama e dizendo:

           - Não adianta padre sua alma já é minha, como por anos foi o corpo dessa deliciosa garota por você.

          Ela se desamarra e salta em cima do Padre que contra a parede pede perdão por seus atos, mas antes que ele falasse mais alguma coisa ela morde seu pescoço e arranca um pedaço, o Padre cai ajoelhado no chão enquanto ela dá gargalhadas de alegria, o Padre bate na porta pedindo ajuda. A família Becker está sentada na mesa da cozinha e quando escutam os gritos do Padre, sorriem e começam a jantar. 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Assaltante de Patrícia

Patrícia tem 15 anos e nessa noite pela primeira vez ela ficará sozinha em casa, seus pais têm uma festa importante pra ir e ela não poderia ir junto. Patrícia se despede de seus pais e senta na sala pra assistir a novela, o telefone toca, Patrícia atende, mas ninguém responde, o telefone toca novamente, ela fala pra parar a brincadeira, mas quem fala no outro lado da linha é a sua amiga Lia.


Patrícia conversa com sua amiga durante algum tempo, mas como estava com sono termina a conversa logo, coloca o seu pijama e se deita, nesse exato momento o telefone toca outra vez, Patrícia levanta da cama rapidamente e atende, mas ninguém responde de novo, Patrícia volta pra cama e o telefone toca outra vez, mas agora ela escuta uma respiração do outro lado da linha seguido por baixos sussurros, Patrícia desliga o telefone irritada e volta pra sua cama. Aquela noite não estava sendo boa pra Patrícia logo em seguida que pegará no sono, ela acorda com barulhos estranhos debaixo da sua janela, fica assustada, os barulhos pareciam passos, Patrícia sua frio imaginando várias situações, um assaltante poderia entrar pela janela e matá-la a tiros, mas logo tira essa idéia da cabeça, pois a janela estava bem trancada, era impossível alguém do lado de fora abri-la, depois de alguns segundos de agonia os barulhos param.

Patrícia está com muito medo, era a sua primeira vez sozinha em casa à noite, quando já estava mais calma voltou a dormir, mas acordando com um choque de susto que a fez ficar sem fala, um estrondo forte em cima do telhado a havia acordado, era como se alguém tivesse subido lá em cima. Patrícia olha pro seu rádio-relógio que ficava em cima de sua cômoda, era quase uma hora da madrugada, ela calculava que seus pais chegariam daqui à uma hora, era só ela espera quieta que nada iria acontecer, mas os passos em cima do telhado recomeçaram, parecia que o assaltante estava caminhando no telhado.
Patrícia tremia da cabeça aos pés debaixo das cobertas, seu coração batia acelerado, mas estava atenta, seus olhos estavam arregalados na procura de qualquer sinal de movimento. Durante um tempo tudo ficou em silêncio, nenhum movimento vindo do telhado, o silêncio e a escuridão nunca foram tão assustadores quanto nessa noite. Patrícia nunca foi uma menina corajosa, mas nunca tinha sentido tanto medo na sua vida, ela tenta pensar em outra coisa, mas é impossível não pensar nos passos naquele momento. Patrícia pensa em todas as janelas e portas da casa, pensou em se levantar pra verificar se todas estavam trancadas, mas seu medo era tanto que não conseguia se movimentar.

Patrícia estava alerta, mas de vez em quanto dava uma cochilada, numa dessas cochiladas sem medo voltou com tudo, pois os barulhos tinham saído do telhado e estavam na porta principal, parecia que alguém estava tentando entrar na casa, Patrícia suava frio debaixo das cobertas quando uma dúvida surgiu dentro dela, qual era a diferença entre esperar o assaltante e ir ao encontro dele, ela se levanta da cama, os barulhos na porta continuavam, caminhando até a cozinha ela tenta ligar pra polícia, mas o telefone estava mudo, ela então pega a faca grande de churrasco de seu pai e caminha nervosa até a porta, jovem e mimada ela não tinha consciência que um assaltante a dominaria sem problemas.

O percurso até a porta pareceu uma eternidade de agonia, ela pensou em tudo que perderia se morresse nessa noite, todas as festas que não teriam sua presença, os filmes do “Crepúsculo” que ela não veria no cinema e o próximo capitulo da “Malhação”. Ela fez o maior esforço pra não fazer barulho, sua mão estava trêmula, mas a coragem tomou conta do seu ser, passando a chave na porta rapidamente e abrindo a porta com violência, ela esperava que o assaltante se assusta-se e fugisse, mas pra sua surpresa ela não viu ninguém, bateu em seu corpo uma sensação de alívio que acabou rapidamente quando ela sentiu alguma coisa roçando sua pernas que a fez pular de susto e cair no chão, para sua grande surpresa era apenas um gato que faminto tentava entrar na casa atrás de comida.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Maldito Poço dos Desejos


É madrugada, Sandra está dentro do seu carro com seu namorado, ele tenta avançar o sinal e ir alem dos beijos, tenta tirar a sua blusa, mas ela o para, Sandra avista o famoso poço dos desejos da cidade, era no meio de uma grande praça onde eles estavam próximos, a lenda da cidade dizia que os desejos mal pedidos teriam conseqüências. Sandra sai do carro e caminha até o poço que estava um pouco distante, tira uma moeda do bolso, fecha os olhos pensa em um desejo e atira. 

Sandra escuta gritos do seu namorado no carro, ela caminha em direção do carro, chamando por Leandro, ela braba reclama que essa brincadeira não tem graça, perto do carro ela olha pra dentro, mas nenhum sinal de seu namorado, Sandra fica assustada, olha pra todos os lados, mas ela só vê a mata onde eles tinham estacionado o carro. Sandra entra no carro e começa a procurar o seu celular sem sucesso, Sandra se tranca dentro do carro e escuta barulhos estranhos vindos de dentro da mata, ela grita por Leandro mais uma vez e nada. Sandra vasculha o carro procurando a sua lanterna, mas estava sem pilhas, ela abre o porta-luvas e encontra as pilhas, antes de colocar na lanterna um barulho metálico quebra o silêncio do momento, o susto foi tão forte que as pilhas caem de sua mão, ela pega as pilhas de volta, mas seu nervosismo é tanto que ela não consegue colocar as pilhas na lanterna, finalmente ela consegue, apontando a lanterna ela olha ao redor não vê nada de anormal.
Num instante, barulhos de metal arranham a lateral do carro, era como se alguém invisível estivesse arranhando o carro com uma faca. Sandra começa a gritar de desespero, a porta do carro é arrancada com violência parando bem longe do carro, naquele local se materializa um homem de capa preta com capuz cobrindo o rosto e um enorme gancho na mão direita.
 
Sandra tenta fugir do homem em vão, ele enfia gancho no seu joelho e a puxa pra fora do carro a jogando no chão, ele tira o capuz e Sandra percebe se tratar de seu namorado, mas suas feições estavam diferentes, ele estava com a expressão de um psicopata, ele a puxa pelo joelho até chegar ao poço de desejos, Sandra gritando de dor pergunta qual o motivo dele estar fazendo tudo isso, ele responde dizendo que ela desejou um namorado mais calmo e que seu desejo havia se realizado. 

Sandra se apoiando no poço levanta com muita dificuldade, procura nos bolsos uma moeda e acha, mas quando estava pensando num desejo pra acabar com o seu sofrimento, Leandro enfia o gancho nas suas costas, Sandra sente a lâmina rasgar a sua espinha e o sabor de ferro enferrujado se mistura com sangue, ela tenta cuspir, mas a única coisa que sai da sua boca é sangue, ela se vira pra ele pedindo desculpas, ele a observa por um momento e com um movimento rápido arranca a cabeça de Sandra que cai dentro do poço.

LENDAS URBANAS

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